Edição Founder’s disponibilizada pela Warner Bros. Games

Após quase um ano sendo retrabalhado para um possível retorno triunfal, finalmente temos o lançamento oficial, ou 1.0, caso prefiram, do game MultiVersus. Agora eles operam sobre a Unreal Engine 5, sendo um dos grandes atrativos para trazer o seu público de volta. Estratégia acertada? Vem comigo que eu te conto.

O Jogo

MultiVersus segue sendo um título free-to-play com personagens de franquias da Warner Bros. Seu grande enfoque é em partidas PvP de 2×2 jogadores, onde estratégias devem ser pensadas para um melhor desempenho dentro das arenas.

Mas, se você não é muito do 2×2, temos também o modo PvP 1×1 e o PvE chamado de fendas. As fendas são eventos repletos de missões para o jogador ir lutando contra a máquina, onde não obrigatoriamente deve ser jogado solo; também podemos convidar um amigo para embarcar nesta jornada.

Os personagens são distribuídos por meio de classes, onde temos os tanques, os suportes e os considerados mais leves/mais ágeis, facilitando assim a criação de uma boa sinergia entre os jogadores (pelo menos na teoria era para funcionar desta forma).

Jogabilidade

A jogabilidade vai ser algo triste de se dizer… Para quem não teve a oportunidade de testar a beta, o game estava sendo trabalhado sobre a Unreal Engine 4, sua gameplay era bastante fluida, algo bem próximo de Super Smash Bros. e Brawlhalla, por exemplo.

A mudança para a Unreal Engine 5 foi um dos maiores downgrades que eu já presenciei na história dos games. E não falo pela beleza, falo puramente sobre gameplay/jogabilidade. Independente de qual classe você opte por jogar, o jogo está lento! Parece que você joga com um input lag brutal te acompanhando o tempo todo. Trazendo para o ditado popular, parece que todos os personagens comeram um mega prato de feijoada antes de entrarem em suas arenas; eles são travados, os golpes não encaixam e a sua esquiva é algo triste de se utilizar.

Se a estratégia era se diferenciar de outros produtos do mercado, isso certamente funcionou, mas agora, a meu ver, para o lado negativo da história.

Visual

Mesmo com a sua mudança de motor, visualmente o título não teve uma mudança tão significativa assim. Ele ainda é bastante bonito, coisa que já era anteriormente. As fases se mantiveram com uma ou outra adição, como por exemplo um ímã magnético que fica empurrando o jogador durante o combate.

Aproveitando este espaço de elogios, gostaria de enfatizar a bela dublagem proporcionada pelo game. Muito bem-feita, e as interações entre os personagens estão bem legais de acompanhar, seja Coringa com o Pernalonga, Coringa e o Salsicha, e por aí vai.

Opinião

O que aconteceu com este 1.0, para mim, foi algo assustador. Além da queda significativa em sua jogabilidade, diversos recursos que estavam disponíveis na beta foram retirados.

Podemos destacar, por exemplo: o dano que o jogador dava durante as partidas, a quantidade de pessoas que ele derrubou, a luta está com um zoom muito maior (o que dificulta ver habilidades que são lançadas como um bumerangue), para testar um personagem você deve comprá-lo obrigatoriamente (seja com dinheiro do jogo ou dinheiro de verdade), o sistema de revanches às vezes simplesmente não funciona, e a mudança sobre qual lutador escolher só pode ser feita no menu inicial…

Ah, já ia esquecendo, sabe qual era uma das coisas mais pedidas durante a beta? O sistema de partidas ranqueadas! E vejam só vocês, apesar da opção ser mostrada para os jogadores, ela ainda se encontra desabilitada pelo menos até o momento desta análise ir ao ar.

MultiVersus

MultiVersus definitivamente se perdeu no percurso. O GOTY dos jogos de luta de 2022 parece não existir mais. O que definitivamente é uma grande pena, tinha um baita potencial.

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