No coração do Velho Oeste, onde a lei do revólver impera, uma escuridão ancestral se agita. Criaturas das sombras, sedentas por sangue e poder, emergem das profundezas para corromper a terra e subjugar a humanidade. É nesse cenário implacável que surge Jesse Rentier, um caçador de vampiros implacável e herdeiro de um legado familiar de combater o mal.
A história se passa em um cenário alternativo onde o Oeste Selvagem (EUA) é assolado por criaturas sombrias e horrores sobrenaturais que ameaçam a existência humana. Assumimos o papel de um caçador de monstros habilidoso, lutando não apenas contra bandidos e fora-da-lei, mas também contra criaturas demoníacas que se espalham pelas vastas planícies, cidades abandonadas e minas profundas.
A trama principal segue nosso protagonista em uma jornada épica para descobrir a origem dessas criaturas e encontrar uma maneira de detê-las antes que devorem toda a vida no Oeste. Ao longo do caminho, enfrentamos desafios cada vez maiores, explorando um mundo em transformação, onde o inimigo parece sempre estar um passo à frente e com planos maiores do que imaginávamos.
A jogabilidade de Evil West é dinâmica, com ação intensa e elementos estratégicos. Além de alguns humanos, o jogo tem diversos tipos de inimigos com suas peculiaridades e, muitas vezes, eles vêm em formato de horda. Por isso, apenas atirar não é suficiente; é preciso se mover e saber utilizar todas as ferramentas disponíveis, tanto as suas quanto as que existem nos cenários.
Os combates são frenéticos e agradam por um bom tempo, permitindo utilizar um arsenal variado de armas e habilidades especiais para enfrentar hordas de inimigos e chefes desafiadores. A personalização das habilidades do personagem proporciona uma experiência mais adaptável, permitindo que os jogadores desenvolvam estratégias únicas para cada confronto e criem um kit mais adequado ao seu estilo.
Além das batalhas, “Evil West” oferece alguns quebra-cabeças simples e momentos de exploração que incentivam a investigar cada canto do mundo do jogo em busca de segredos e recompensas.
Destaca-se sua qualidade visual, capturando tanto os cenários áridos e vastos do Velho Oeste quanto os horrores sobrenaturais que assolam o ambiente. Detalhes meticulosos nos ambientes, como cidades abandonadas e minas profundas, são enriquecidos com texturas ricas e iluminação atmosférica que contribuem para uma imersão profunda.
As criaturas demoníacas são renderizadas com um design visualmente assustador, combinando elementos do folclore ocidental com uma estética sombria que adiciona uma camada de tensão e suspense ao jogo. Cada área explorável é única em sua ambientação, desde vastas planícies até cavernas sinistras, oferecendo uma variedade visual que nos mantém envolvidos e curiosos para descobrir mais.
A trilha sonora de Evil West complementa perfeitamente essa atmosfera, com composições que variam entre temas atmosféricos e músicas intensas durante os combates. Efeitos sonoros são precisos e imersivos, desde o ranger das armas até os gritos das criaturas, aumentando a tensão e a adrenalina durante as batalhas e os momentos de exploração.
Visualmente o jogo é muito bonito, principalmente os cenários (ressalva: As mãos muitas vezes aparecem desproporcionais). A ação e estratégia estão de mãos dadas, apenas atirar não é uma solução, será preciso combate fisico e se adaptar aos inimigos e cenários. O kit de armas e suas habilidades fazem a diferença conforme seu método de jogo, domine a arma e evolua conforme seu modo de jogar.
Existe muita repetição em determinados momentos, embora os chefes sejam diferentes, os inimigos randômicos permanecem os mesmos boa parte do game, fazendo como que sua gameplay acabe repetitiva em diversos momentos. Outro ponto a ser observado é que tanto na nuvem, quando instalado no PC, o jogo apresentou quedas de FPS constantes do meio para final do jogo, chegando até mesmo a dar rápidos congelamentos em mudanças bruscas de câmera.
Evil West é muito interessante. Diante de tantos games que buscam inovações e mundos cada vez maiores, aqui é feito o básico, com um caminho linear e poucas ramificações de exploração. O jogo busca manter o jogador focado no horror da história, na ação intensa e nos cenários caprichados. Em nenhum momento ele busca uma história magistral ou explorar profundamente os personagens; seu foco é claro e não farei críticas a isso.
O problema está no desempenho: as quedas de FPS e os congelamentos acabam atrapalhando em alguns momentos, principalmente no meio de uma horda de inimigos. A repetição dos monstros pode causar uma sensação de repetição, mas, felizmente, os cenários proporcionam formas diferentes de combater.
