Licença comprada na Epic Games Store

Após 10 anos do lançamento de Dragon Age Inquisition e um desenvolvimento bem tumultuado, Dragon Age The Veilguard chegou entre nós, trazendo bastante polêmica! Vou falar disso já, já.

História

Dragon Age se passa no mundo de Thedas, uma terra vibrante e repleta de florestas selvagens e cidades incríveis. Por causa do ritual de Solas, duas divindades antigas e corruptas escaparam de séculos na escuridão e estão determinadas a destruir o mundo.

Você assume o papel de Rook, a mais nova figura heroica de Dragon Age. Tal como na maioria dos jogos atuais, você pode customizar seu personagem da forma que quiser em uma ferramenta de criação bem flexível e detalhada. As chances estão contra você, você precisa reunir uma equipe de sete pessoas, cada uma com sua própria história rica para descobrir e moldar, e lado a lado vocês se tornarão a Guarda do Véu.

Gameplay / jogabilidade

O jogo segue uma linha bem Bioware, aonde cada um dos seus companheiros tem uma história e uma linha de missões pessoais que você deve seguir para torná-los heróis. Como todo jogo da Bioware, você também pode desenvolver romance com qualquer um deles. Tal como nos anteriores, independente de sexo, cor e raça. Sempre foi assim e permanece. Então, não comece a reclamar de lacração.

Cada um dos personagens, pertence a uma facção que tem seu próprio mundo a explorar e a desenvolver o relacionamento. É importante, que você dedique algum tempo para desenvolver os relacionamentos com as facções porque eles vão te ajudar na batalha final.

Com relação ao combate eu curti. No final do jogo eu meio que já tinha quebrado ele e estava tudo relativamente fácil. O jogo tem níveis de dificuldade, então ajuste para o quanto de desafio você quer. Eu gosto sempre de ter opção. Eu joguei no Normal.

O combate tem vários elementos tradicionais, mas bem executados na minha opinião: tem Parry, esquiva, combate a distância, diversos elementos mágicos e físicos tais como: fogo, eletricidade, necrótico, sangramento e congelamento. Devem ter outros, mas esses são os principais.

Também tem magia a distância, golpes rápidos e fortes e a habilidade suprema. Tudo dentro do tradicional, mas novamente, achei bem executado.

Cada tipo de inimigo tem fraqueza a certos elementos e você precisa usar esses elementos para tirar a maior vantagem possível. Também há os combos com seus NPCs que potencializam os ataques. Achei o modo de pausa para escolher o que seus NPCs vão fazer bem eficaz e natural.

Eu joguei, para variar, de mago e curti bastante. Não é um mago daqueles tradicionais que fica só de longe. Você tem um cajado para usar de longe e uma adaga para o combate corpo a corpo. Como não joguei nas outras classes, não posso julgar.

Também gostei da mecânica da podridão, onde você precisa destruir as pústulas de podridão para abrir caminho. Isso tudo com o pau comendo.

Direção de arte

O jogo foi desenvolvido com o motor gráfico proprietário da EA, o Frostbite e no PC pelo menos, com tudo no ULTRA eu achei sensacional. Um verdadeiro desbunde para ser sincero. Está certamente entre os jogos mais bonitos dessa geração, ao lado de Black Myth Wukong e Horizon Forbidden West. O Ray Tracing no PC está de cair o queixo. Os reflexos na água, em poças, estão sensacionais. A luz que a sua arma emana reflete com perfeição no ambiente e na sua armadura. É simplesmente incrível.

E os Stutters? São raríssimos e não incomodam de forma alguma. São muito raros MESMO. Finalmente a EA soltou um jogo super bem otimizado. O jogo rodou por volta dos 110 FPS a 1600p no meu PC com DLSS Qualidade.

Um ponto que não agradou a todos foram os aspectos meio Cartoon dos personagens. Inicialmente diria que também achei estranho, mas rapidamente perdi o preconceito e comecei a observar e curtir muito a modelagem. As maquiagens, adereços, as roupas, armas e armaduras, tudo lindo e super bem modelado. Achei realmente incrível. E aqui um bônus: a modelagem dos cabelos no jogo é algo de outro mundo, jamais visto anteriormente. Conforme você se mexe o cabelo tem todo um gingado que te deixa perplexo. E claro, isso também e impressionante nas cutscenes.

Fora isso, o áudio posicional estava muito bom, juntando com a trilha sonora, deu toda a imersão que um RPG medieval precisa. Só elogios aqui!!!

Woke?

Já estamos chegando ao fim, mas queria falar sobre o lance de agenda WOKE e Lacração que foi algo que eu vi bastante na Internet. Na minha opinião, mesmo se você for muito conservador, não acredito que o que tem no jogo afete a sua experiência. Tem uma personagem, a Taash que é não binária e isso é explorado no jogo, mas sinceramente, de 50 horas de gameplay, isso não dá uma hora. Não deixe de experimentar e curtir por isso.

Na hora de criar seu personagem, você também tem a opção de usar ou não pronomes neutros. Só escolher o que te agrada e ser feliz.

Com relação ao romance, ele é bem leve nesse jogo, e embora permita relacionamentos do mesmo sexo essa escolha está totalmente na sua mão. Faça o que lhe agrada.

Eu levei cerca de 55 horas para terminar a campanha no normal. O final do jogo mesmo, foi épico demais. Pure Cinema. Para quem é explorador e quer fazer a platina. Pode pôr mais umas 30 horas pelo menos.

Bom em tudo?

Temos alguns pontos aqui:

– Achei que esticou um pouco além do que eu gostaria. Algumas missões acabaram sendo um pouco repetitivas.

– O moveset dos inimigos e chefes são idênticos o jogo todo. Os dragões que deveriam ser inimigos interessantes, acabam por se tornar chatos pois tem exatamente o MESMO moveset. A única coisa que os diferencia é o elemento que eles usam e que são vulneráveis.

– Esses pontos, tornam o combate, de certa forma repetitivo após algum tempo. E para alguns, a própria gameplay pode se tornar repetitiva.

– As conversas com os companheiros nem sempre são interessantes.

Dragon Age The Veilguard

Melhor jogo da Bioware em muitos anos e apesar de não estar no mesmo padrão de antigamente, o mundo mudou e eles estão procurando se adaptar. Achei uma ótima experiência e é o meu GOTY até o momento.

Se você gosta de RPG de ação e da franquia, nem pense duas vezes.

Quer uma nota? Nota 8,7. O que pesou aqui foi essa certa repetição do combate após tantas horas. Se o jogo fosse menor, talvez não pesasse tanto.

8,7