Death Stranding 2 chegou e ele é avassalador! Confira nossa Análise.

ALERTA DE BT!… CUIDADO SAM! 

Olá, meu querido portador, essa transmissão está sendo tomada brevemente por mim, o Griffith da Dungeon Zone, e já que o Asveiro roubou meu lugar nessa análise para a Safe Zone com a preview do game, eu decidi invadir a Praia dele e bagunçar um pouco a SUA cabeça! 

Antes de ler esta análise sobre Death Stranding 2: On the Beach, eu tenho algo a dizer sobre Death Stranding de forma geral… Acalme-se, espere a chuva passar e vem comigo, afinal, você não tem escolha… 

(SONS DE GUITARRA MAJESTOSOS AO FUNDO)

Ah, Death Stranding, um evento que busca fundir o mundo dos vivos e dos mortos, uma espécie de encalhe, sufocante… seguido por uma destruição de tudo o que conhecemos, uma catástrofe, a extinção de uma espécie, que normalmente abre portas para uma nova forma de vida. É o ciclo natural das coisas, como dizem… Ou será que não? 

O destino de todos nós está interligado, e então a pergunta inicial é: foi um erro conectar-se? Talvez… Alguns nesse mundo apenas buscam o seu sofrimento, e não ligam para você tentar conectar as pessoas… 

E já aviso: Death Stranding não é uma história feliz. Na maior parte do tempo, Death Stranding é triste, sufocante até. E, assim como a vida, é cheio de altos e baixos. Mas, acima de tudo, nos mostra que a vida é bela, e que nosso caminho, por mais árduo que seja, no fim sempre será recompensador, porque é através dele que podemos refletir sobre nossas escolhas e sobre aqueles que são afetados por elas. 

Durante essa jornada, também conhecemos a dor, pois, sem ela, não pode existir o sentimento de conquista, de união, de desencontros e reencontros. Mas uma coisa é certa: a jornada jamais deve ser esquecida. 

Death Stranding 2 irá te ensinar que o tempo que você perdeu não pode ser devolvido, e haverão sacrifícios no caminho… mesmo que possa perder as pessoas que ama, você nunca estará sozinho, elas nunca vão se separar de você de verdade, afinal: “Viver é imaginar a nós mesmos no futuro. E inevitavelmente, lá chegamos. No entanto, nosso lugar nesse futuro pode não ser aquele que imaginamos.” 

Então é isso meu portador, aqui acabam-se meus devaneios insanos, então pode conferir a análise agora que não existem BTs por perto, e não se esqueça, hoje é apenas outro dia na estrada. 

Confira aqui o trailer alucinante de Death Stranding 2: On the Beach  

O que é Death Stranding 2: On the Beach?

Death Stranding 2 é um game desenvolvido pela Kojima Productions e publicado pela Sony. Trata-se de um jogo de ação em que você joga como Sam e, em grande parte da sua jornada, precisará fazer entregas das mais variadas. E, claro, temos uma história de peso, cheia de emoção e momentos cativantes, do jeitinho que o Kojima sabe fazer. Como se trata do segundo jogo, a escala aumentou ainda mais, e veremos o desfecho e as consequências do que aconteceu no game anterior. 

A história de Death Stranding 2

Você é Sam e está vivendo isolado com a Lou. Bom, após os eventos de Death Stranding, eu até acho justo, o negócio é traumatizante. Caso você vá jogar o segundo game e não saiba o que acontece no primeiro, fique tranquilo: o jogo traz uma recapitulação robusta dos eventos anteriores, então você está a salvo nesse quesito. 

Enfim, Lou desaparece, e você precisa ir atrás dela. Nessa jornada, encontrará muitas pessoas incríveis, inimigos memoráveis e, claro, Higgs. Sim, ele mesmo, agora com uma nova aparência, voltou para tentar te destruir. Como você é um repatriado, não pode morrer de forma definitiva, mas pode, sim, sofrer, e muito. Afinal, existem outras formas de quebrar alguém, se é que me entende. E Higgs sabe muito bem disso. 

Temos ainda um samurai robótico vermelho que parece ser inimigo de Higgs, mas cuja identidade permanece um mistério. E agora, tudo mudou: precisamos ir ao México e até mesmo à Austrália, continuando nosso trabalho de conectar as pessoas. Mas algo maior surge, e você precisa refletir: será que conectar as pessoas é mesmo o certo a se fazer? Será que tudo isso vale a pena? 

Mas o que eu sempre digo é que a história de um jogo é subjetiva. Ainda assim, em Death Stranding, ela é simplesmente sensacional. Se o Kojima tivesse feito um bolo, e esse bolo fosse Death Stranding, eu diria que a história seria a cereja. 

A narrativa é longa, e às vezes você quer ver o próximo evento o quanto antes. Mas eu te digo: o Kojima fez de tudo para capturar o seu coração com Death Stranding 2 e fazer com ele o que quiser. Vai haver momentos em que você odiará certo personagem, só para, horas depois, entender o lado dele, torcer por ele e, no fim, ver tudo desabar por conta de uma decisão errada que selou seu destino.

Existem personagens que eu gostaria que estivessem vivos, e que de fato não mereciam o destino que tiveram, falo de pessoas do bem e de vilões também. Esses personagens carregam inúmeras camadas, e estiveram com você ou contra você em vários momentos, mas sempre movidos por motivações próprias, por esperança, lutando por algo em que acreditam. Mesmo que, às vezes, isso não pareça ser o mesmo objetivo que você busca. 

É difícil falar sobre isso sem dar spoilers, mas vou citar um exemplo para ilustrar melhor o que quero dizer. Um dos vilões do jogo, e que aparece no trailer, é o Neil, aquele cara que se parece com o Snake. É curioso como a história não é contada apenas pelas famosas e longas cutscenes, mas também através da linguagem corporal. Cada vez que você o encontra, ele transmite mil histórias sem dizer uma palavra. Aos poucos, você começa a entender mais sobre ele, sobre seus motivos, e talvez até a simpatizar com ele. 

Eu dificilmente me emociono com um jogo, mas esse maldito Kojima conseguiu. Neil é apenas um personagem secundário, com momentos pontuais em um jogo que pode ser finalizado em 50 horas ou menos. Mas isso não importa. Esses momentos seletos em que ele aparece significaram o mundo para mim. A história dele, embora curta, me cativou de tal forma que ele se tornou meu personagem favorito do jogo. 

Neste momento, me seguro com todas as forças para não contar o porquê, para não explicar o impacto gigantesco que a história desse personagem teve no jogo… 

E isso é Death Stranding 2: um game maluco, cheio de emoções, momentos engraçados, piadas, mas, acima de tudo, cheio de passagens que te fazem refletir, até sobre a sua própria vida.

Jogabilidade e Trilha sonora

Nos primeiros segundos de jogo, já é possível notar o quão bem feito ele é. A forma como o Sam se movimenta foi aprimorada, os controles parecem mais responsivos, e a ambientação ao redor, apesar de básica, com várias montanhas em uma espécie de deserto, é surrealmente linda. Parece simples, mas quando você se dá conta de que está jogando e não assistindo a um vídeo, aí a coisa te pega de vez. 

Você vai passar a maior parte do tempo fazendo entregas dos mais variados tipos, pode ser uma pizza, uma bomba, ferramentas, materiais para construção de estruturas, e por aí vai. As cargas podem ser danificadas se você cair, sofrer ataques de inimigos ou algo do tipo. Há entregas em que você não pode molhar o material, e é aí que entram os itens que te ajudam nessas situações. 

Você conta com veículos para transportar mais carga e chegar ao destino de forma mais rápida; há exoesqueletos que permitem correr mais e carregar mais encomendas; pode-se construir itens como rodovias, que agilizam ainda mais o processo, ou pequenas torres de energia, onde é possível recarregar seus equipamentos e veículos. Também é possível usar máscaras para respirar melhor em locais de ar rarefeito, como montanhas.

Ou seja, o game sempre vai te dar as ferramentas certas para te ajudar nesses processos. E durante as entregas, podemos ouvir músicas incríveis, que tocam nos momentos certos, ajudando na imersão e fazendo muita diferença. Dá até para simplesmente sentar no seu quarto, na sua base que é uma nave muito épica e ficar ouvindo essas músicas. 

As entregas variam em dificuldade. Algumas são simples, outras mais desafiadoras, e o Kojima e seu time sabiam disso. Esse é o aspecto principal do game. Em Death Stranding 2, elas não são tão maçantes quanto no primeiro. Além disso, a interface e a disposição dos itens estão mais amplas e amigáveis ao jogador. Agora você pode traçar rotas e escolher caminhos que facilitem a sua jornada. 

Antes, tínhamos o teleporte da Fragile, mas agora temos a viagem da nossa nave que funciona mais ou menos do mesmo jeito. Porém, ela serve como nossa base, o que é legal, pois todos os itens guardados nela vão com a gente durante a viagem, o que ajuda bastante.

Fidelidade gráfica de tirar o fôlego e um desempenho técnico absurdo

Olha, eu nem sei o que dizer sobre isso. Temos centenas de jogos sendo lançados a todo momento, vindos dos mais variados desenvolvedores, com escopos diferentes e ideias nada semelhantes. Mas, ainda assim, é raro encontrar um lançamento tão cobiçado como Death Stranding 2 saindo perfeitamente otimizado. A qualidade gráfica é absurda, eu me arrisco a dizer que talvez seja o jogo mais bonito que já joguei nesta geração. E detalhe: tudo isso sem travar sequer uma vez. Simplesmente impecável. 

Joguei no modo com os melhores gráficos, e isso só me faz pensar que o PS5 Pro é completamente inútil quando temos um desenvolvedor que sabe o que está fazendo. Para mim, os consoles padrão são eficientes e totalmente suficientes para entregarem jogos de qualidade, na minha opinião, basta querer. 

Não que a qualidade gráfica tenha tanta importância para mim, mas para muita gente, com certeza tem… Eu tive um PC ruim por muito tempo e joguei por anos enfrentando problemas de desempenho nos jogos. A única coisa que peço a Deus quando um jogo novo sai é que eu possa jogá-lo sem travamentos, seja no console ou no PC. E um detalhe importante, não encontrei um bug sequer nas 50 horas de jogo, isso é algo a se considerar também.

Combate

No segundo game, temos um foco maior no combate. Há até missões específicas que pedem para eliminar acampamentos de bandidos, com bem mais objetivos agressivos, por assim dizer. O arsenal é imenso: lançadores de mísseis, metralhadoras enormes que mal podem ser levantadas por humanos, espadas iradas, shotguns ou até mesmo o bom e velho soco. Não importa o estilo, você está, de fato, preparado para derrotar tudo o que estiver em seu caminho. 

Mas, se preferir, é possível fazer essas missões usando apenas um item: uma espécie de corda usada para amarrar seus inimigos. Ou a famosa Bola Gun, uma arma que dispara uma armadilha no inimigo, imobilizando-o na hora e aí basta um soco para deixá-lo inconsciente, sem alertar quem estiver por perto. 

Você também pode atropelar inimigos com seus veículos, que, inclusive, podem estar equipados com armas para te ajudar nesses desafios. Já as batalhas contra os BTs, os seres do outro mundo, continuam praticamente nos mesmos moldes. Elas podem ser um pouco maçantes, e você vai querer sair delas o quanto antes, mas não chegam a ser ruins. E, claro, temos alguns BTs novos também, mas não vou falar para não estragar a surpresa. 

Embora o jogo te dê mais ferramentas para o combate, a ideia principal ainda parece ser a de manter uma abordagem pacifista, pelo menos é a impressão que eu tive. Até porque, se você realmente matar alguém… a coisa vai ficar complicada. Não vou contar o porquê, acho que vai ser legal você descobrir por conta própria. 

Ambientação e Level Design

Em Death Stranding 2, a coisa continua estranha, e digo isso no bom sentido da palavra. Para onde quer que você , verá um mundo deserto. A solidão até seria sua companheira, se não fosse aquele boneco feio da desgraça pendurado no seu cinto, que fica falando coisas aleatórias com aquela voz de fumante (joguei em inglês).

Não estou brincando!!

Temos vários biomas no jogo: desertos, montanhas enormes cobertas de gelo, florestas cheias de aranhas e, claro, campos repletos de BTs prontos para te arrastar para o caos. E, dependendo de como você prefere jogar, as paisagens vão te fazer companhia, mas você sempre precisa estar alerta para não cair de uma montanha enquanto carrega uma pizza que não pode virar de cabeça para baixo. Bom… infelizmente, acontece. 

Há animais específicos de algumas regiões, e podemos resgatá-los também, eu gostei da ideia. Durante as batalhas, os cenários sempre ganham algum efeito especial: seja um entardecer dramático, seja aquela geleia preta bizarra que aparece com os BTs. A própria ambientação conta uma história, e eu só percebi isso quando já estava bem avançado no jogo.

Opiniões

Death Stranding 2: On the Beach é um game fantástico. Ele vai te surpreender, se não for pela jogabilidade, que lembra Metal Gear Solid (aliás, muita coisa aqui faz referência a Metal Gear, como cenas específicas de combate e personagens), então será pelo carisma dos personagens. 

Além de contar com muitos atores de peso e personalidades famosas, todos fazem parte de uma história incrível e emocionante, cheia de pontos fora da curva. Já vi em outras análises frases como “é um jogo seguro”, e eu discordo completamente. Há uma evolução natural de vários personagens e a inclusão de novos que, para mim, conseguem ser tão cativantes e impactantes quanto os anteriores. 

Um dos pontos altos de um jogo é quando, ao finalizá-lo, você sente que seu tempo foi recompensado. E foi assim com Death Stranding 2. Eu me senti completo, e, por um momento, até sem palavras. Os dois últimos capítulos estão recheados de momentos incríveis, frases icônicas que podem ser levadas para a vida. E há algo que, para mim, é muito importante: a ideia de causar um impacto real em você. 

Algumas situações do jogo, especialmente os temas da morte, da solidão, do tempo perdido, são questões que podem (e vão) acontecer com qualquer um em algum momento da vida. E, quando você para para refletir e percebe que esses temas são reais, o jogo ganha ainda mais significado. Dá até vontade de descascar uma cebola, porque você sente que toda aquela jornada valeu a pena. 

Para mim, a história é o elemento mais importante de um game e o Kojima sabe como criar uma narrativa inteligente. Mesmo que você não a entenda completamente, no fim o que importa é o que você tirou dela. O que eu aprendi com Death Stranding 2 é que, às vezes, independentemente do lado em que você está ou da situação em que se encontra, sempre haverá uma saída. Sempre haverá pessoas ao seu lado quando você mais precisar. Sempre haverá uma mão estendida para você e que, às vezes, mesmo em lados opostos, estamos todos buscando a mesma coisa.

Caso você tenha finalizado o game e ainda esteja lendo a minha análise, então provavelmente vai entender essa parte e saber de quem estou falando.

Alguns pontos:
  • Foco maior em combate se comparado ao primeiro game
  • História fantástica
  • Desempenho excelente no console PS5 base
  • Gráficos de outro mundo
  • Muitos personagens cativantes
  • Jogabilidade melhorada e que segue dando acenos aos velhos jogadores de Metal Gear
  • Muitas referências legais dentro do game
  • Trilha sonora impactante
  • Se você comprar em mídia física vai conseguir pagar menos de R$ 300,00, do contrário você está ferrado
  • Repertório de armas e equipamentos expandido
  • Muitos biomas diferentes e vistas incríveis
  • As entregas podem se tornar chatas em certos momentos, afinal, é um game onde entregas são o foco não é?
  • O segundo game é mais fácil e amigável em relação ao primeiro

Faz igual esse rapaz bonito, segue a gente no X! A Dungeon Zone também faz parte da Safe Zone!

Death Stranding 2: On the Beach

Death Stranding 2: On the Beach é a continuação do game anterior de Kojima, e com ele não existe meio termo, ou você ama, ou odiará, e fico feliz em amá-lo, e por isso o game sempre será recomendado por mim, talvez a jogabilidade e o foco nas entregas não vão te cativar, mas com certeza a história e os personagens vão!

9.5

Incrível

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