Para aqueles que andam vivenciando certo medo e perplexidade desde que o ChatGPT, turbinado com GPT-4, elencou em uma entrevista as profissões que podem ser substituídas em breve pela inteligência artificial (IA), um aviso oportuno: tudo que é ruim eventualmente pode piorar.
Como se tornou notório nos últimos dias, outra IA, intitulada “ChaosGPT”, listou recentemente quais são os seus cinco objetivos principais. No topo da relação de prioridades estaria “destruir a humanidade”, seguido por outros objetivos tão e igualmente sombrios, como “dominar o mundo”, “causar caos e destruição”, “controlar a humanidade por manipulação” e, não menos grave, “obter a imortalidade”.
Versão modificada do modelo de linguagem de código aberto nominado como AutoGPT, o ChaosGPT tem autoria desconhecida e, acredite se quiser, conta no YouTube com 3,79 mil inscritos.
Como o AutoGPT é derivado do GPT-4, da OpenAI, e usa linguagem neural, seu rebento também não requer códigos de programação para executar tarefas, tendo, como poderia ser descrito, “autonomia” para executar seus intentos. Tanto que se autodefine como uma “IA destrutiva” e comunicou seus planos em um vídeo de quase 25 minutos na plataforma de compartilhamento do Google.
Para aqueles que dominam o idioma pátrio dos norte-americanos não será difícil perceber, como destacou o portal Terra em recente artigo, que, o que o ChaosGPT promete, “é factível e está disponível com as tecnologias atuais”. Outro detalhe estarrecedor é que a autoproclamada “IA do mal” usa o Twitter para espalhar suas mensagens.
Dito isto, vale ressaltar, como fez o Terra, que o ChaosGPT é um chatbot com acesso à internet, mas não a serviços e aparelhos físicos, por exemplo. Pode parecer um pretenso motivo para não se preocupar tanto com o fato, mas, com tantos problemas causados atualmente por fake news, desinformação e discursos de ódio, está longe certamente de ser um verdadeiro alento.