A avaliação dos analistas Nick McKay e Michael Pachter, da Wedbush Securities, sugere que o acordo entre Microsoft e Activision Blizzard está próximo de ser aprovado após as alegações da Autoridade de Concorrência e Mercados (CMA, na sigla em inglês) do Reino Unido. Segundo eles, as objecções da CMA são um sinal de que a autoridade sabe que tem uma argumentação legal fraca.
A CMA anunciou que, após uma investigação de cinco meses, encontrou de forma provisionada que a aquisição de US$ 69 bilhões poderia reduzir a concorrência e “resultar em preços mais elevados, menos escolhas ou menos inovação para jogadores do Reino Unido”. A autoridade apresentou várias medidas estruturais potenciais para ajudar na aprovação do acordo, incluindo uma “desinvestimento parcial de Activision Blizzard”, vendendo a parte da empresa responsável pelo Call of Duty ou até mesmo toda a unidade de negócios da Activision.
No entanto, a CMA também consideraria medidas comportamentais, como a oferta da Microsoft de disponibilizar o Call of Duty em outras plataformas após a fusão, mas considera essas opções menos favoráveis do que as medidas estruturais, que raramente requerem monitoramento e aplicação uma vez implementadas.
Em dezembro, a Comissão Federal de Comércio dos Estados Unidos anunciou planos de entrar com uma ação judicial para impedir a fusão e, na semana passada, a União Europeia também emitiu uma carta de cobrança para a Microsoft, apontando suas objecções ao acordo.
Os analistas da Wedbush escreveram em sua nota aos investidores que as reguladoras do Reino Unido, UE e EUA estão envolvidas em um jogo de um contra o outro. Eles acreditam que a CMA concluiu a mesma coisa que a FTC e acelerou sua objecção formal ao acordo e propôs medidas para se posicionar como o “matador de dragão” nessa ação. Eles esperam que o acordo seja aprovado até meados de maio.