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Jogo disponibilizado pela Xbox Brasil

Mais uma vez, me vi imerso em um mundo magnífico em todos os aspectos. Tive a oportunidade de explorar Eora, mais especificamente As Terras Férteis, sob uma nova perspectiva. Para compreender melhor esse universo antes de me aventurar em Avowed, senti-me compelido a jogar um pouco da saga Pillars of Eternity. Assim, pude entender mais sobre seus segredos, povos e histórias que me aguardavam.

Na análise a seguir, compartilho minha experiência com Avowed e minhas impressões sobre o jogo, evitando ao máximo revelar spoilers.

Um básico da história

Avowed é o mais recente RPG da Obsidian Entertainment. O jogo nos coloca na pele do “Porta-voz”, a figura central da narrativa cuja alma foi tocada por um deus desconhecido, transformando-o em uma deidade com características físicas únicas. Como Porta-voz do imperador de Aedyr, somos enviados a Paradis (não se preocupe, não há Titãs para te atacar lá) para investigar uma praga conhecida como Praga dos Sonhos ou Praga da Alma, o nome varia conforme quem você consulta durante suas investigações. Essa praga ameaça Paradis e As Terras Férteis. No entanto, durante a viagem, nosso barco naufraga, dando início à nossa jornada e um posto avançado de Aedyr.

Decisões que moldam o mundo

Toda decisão que tomamos em Avowed impacta diretamente o rumo da história e a forma como somos percebidos pelas pessoas ao redor do mundo. Seremos heróis ou vilões? Isso depende exclusivamente das escolhas que fazemos ao longo da jornada.

Um dos aspectos mais fascinantes do jogo é que até mesmo as decisões tomadas em missões secundárias possuem grande relevância. Elas não apenas afetam as missões principais, mas também moldam nossa reputação. Um momento marcante, por exemplo, foi quando ajudei uma pessoa (não revelarei nomes nem detalhes para evitar spoilers) a recuperar algo que havia sido confiscado pelo povo de Aedyr. Mais tarde, ao retornar à missão principal, surgiu uma nova oportunidade de diálogo em que pude mencionar essa ajuda para tentar conquistar a confiança de outro personagem. Claro, tomei cuidado para não comprometer quem havia ajudado anteriormente. Esse tipo de interação mostra como nossas ações têm consequências reais no mundo do jogo.

Outro elemento que reforça essa sensação de impacto é a escolha da origem do personagem durante sua criação. Dependendo da origem selecionada, novas opções de diálogo são desbloqueadas, proporcionando interações únicas e personalizadas com os NPCs.

É evidente que a Obsidian se inspirou bastante em Baldur’s Gate 3 ao implementar um sistema em que cada decisão tem peso significativo no mundo do jogo. Isso é extremamente gratificante para os fãs de RPGs, pois nos dá a sensação de estarmos realmente moldando nossa própria história e deixando nossa marca em Eora.

Criação de Personagem

Como mencionado anteriormente, cada decisão que tomamos no jogo afeta o mundo ao nosso redor, incluindo nossa aparência e origem. Logo no início, o jogo nos permite personalizar a aparência do personagem e definir suas características divinas. Há até uma opção para ocultar essas características da nossa visão, mas isso não impede que os NPCs as percebam e reajam a elas, incluindo à aparência física do protagonista (coitado do meu personagem).

Além disso, podemos escolher como seremos chamados: ‘Ela’, ‘Ele’ ou em linguagem neutra. Algo muito positivo e cada vez mais comum em jogos modernos que permitem a criação de personagens. Forza Horizon 5, por exemplo, já implementou essa funcionalidade, para quem não se lembra.

Outro ponto importante é a escolha da origem do personagem, que influencia diretamente como os NPCs interagem conosco na história e como podemos responder a eles nos diálogos.

No quesito personalização visual, o jogo oferece uma quantidade aceitável de opções, mas nada muito profundo. Não espere criar uma versão de si mesmo ou de algum famoso dentro do jogo. Já as opções relacionadas às características divinas são mais limitadas, mas isso não chega a comprometer a experiência geral.

Mecânicas

Vamos abordar as mecânicas do jogo por tópicos, destacando o que achei de cada uma delas.

Movimentação

A movimentação no jogo é bastante fluida, mas se distancia do realismo. Portanto, se você está esperando algo semelhante a Assassin’s Creed, Red Dead Redemption 2 ou outros jogos com animações mais realistas, esqueça. Avowed adota uma proposta mais “jank” (movimentação propositalmente quebrada) para fugir do realismo extremo. No entanto, isso não afeta em nada a experiência de gameplay, que continua sendo muito satisfatória.

Combate

O combate é um dos pontos altos do jogo e oferece uma experiência extremamente gratificante. Não há classes fixas, o que nos dá liberdade para misturar diferentes estilos de luta. Por exemplo, você pode optar por usar duas espadas, combinar uma varinha com uma espada, empunhar dois machados ou até mesmo misturar pistola e grimório ou pistola e escudo. Essa flexibilidade lembra bastante Skyrim, permitindo que cada jogador adapte o combate ao seu estilo preferido.

Particularmente, adorei jogar com pistola e escudo por um tempo, uma combinação incrivelmente eficaz para batalhas de média e longa distância. Além disso, o jogo permite alternar entre as perspectivas em primeira e terceira pessoa. Embora Skyrim já oferecesse essa funcionalidade no passado, aqui ela foi tão bem refinada que me aventurei quase exclusivamente em terceira pessoa. Diferente de Skyrim, onde jogar em terceira pessoa muitas vezes era inviável, em Avowed essa perspectiva funciona perfeitamente.

Liberdade para superar obstáculos

Um dos aspectos mais interessantes do jogo é a liberdade que ele oferece para superar obstáculos durante a exploração. Em vários momentos, você encontrará desafios como vinhas bloqueando o caminho, pontes quebradas ou lagos intransponíveis. No entanto, o jogo permite diversas formas criativas de avançar, seja encontrando rotas alternativas ou usando estratégias únicas.

Por exemplo, em uma situação específica, consegui atravessar um lago congelando sua superfície com a habilidade especial de um machado que encontrei. Isso me permitiu criar um caminho seguro até o outro lado. Essa liberdade de exploração é algo que me lembrou muito minha experiência recente em Baldur’s Gate 3, enquanto jogava com meu amigo Criss. Ver essa mesma abordagem em Avowed me deixou extremamente satisfeito, pois reforça a sensação de estar no controle da aventura.

Árvore de habilidades

Como em qualquer bom RPG, Avowed apresenta uma árvore de habilidades robusta e bem estruturada. Podemos evoluir nosso personagem tanto em habilidades físicas quanto mágicas. Além disso, também temos acesso às árvores de habilidades dos nossos companheiros, o que nos permite desbloquear novas habilidades para eles ou aprimorar as já existentes.

É muito gratificante decidir como queremos evoluir no jogo, tanto nosso próprio personagem quanto nossos aliados. Essa mecânica adiciona profundidade ao gameplay e torna cada escolha significativa para o progresso da aventura.

Otimização

Tive a oportunidade de jogar Avowed no PC e, no quesito otimização, não tenho do que reclamar. O jogo rodou com uma resolução nativa, entregando uma taxa de quadros bastante estável e gráficos deslumbrantes. No entanto, há algumas ressalvas em relação a recursos disponíveis, especialmente no que diz respeito às técnicas de upscaling, que não funcionaram na versão de PC que testei. Provavelmente, isso ocorreu porque estávamos jogando uma versão de pré-lançamento, sem patches de correção ou drivers compatíveis disponíveis. Apesar disso, esses problemas não comprometeram a experiência geral, já que o desempenho do jogo foi excelente.

Embora não tenha testado o jogo nos consoles, obtive informações detalhadas sobre como ele será executado nessas plataformas.

No Xbox Series X, haverá três opções gráficas:
Modo Qualidade: 4K nativo com suporte a Ray Tracing a 30 fps.
Modo Balanceado: 4K com suporte a Ray Tracing a 40 fps.
Modo Desempenho: 1800p sem Ray Tracing a 60 fps.

Já no Xbox Series S, teremos duas opções gráficas:
Modo Qualidade: 1080p com suporte a Ray Tracing a 30 fps.
Modo Balanceado: 1080p com suporte a Ray Tracing a 40 fps.

É importante destacar que o Modo Balanceado só estará disponível em TVs ou monitores compatíveis com taxa de atualização de 120 Hz.

Essas opções garantem que os jogadores possam escolher entre priorizar qualidade visual ou desempenho fluido, dependendo de suas preferências e do hardware disponível.

Direção de Arte

No quesito direção de arte, o jogo é um verdadeiro espetáculo. Seja pela trilha sonora adaptativa, que muda de acordo com o ambiente em que estamos, ou pelos detalhes minuciosos no design do mundo, Avowed impressiona. O jogo apresenta um mundo semiaberto com diversas regiões vastas para explorar, e cada uma delas possui um bioma e um estilo artístico únicos. Essa singularidade se reflete tanto nos cenários quanto nos habitantes locais. A diversidade é tão marcante que é impossível não se impressionar com o cuidado dedicado a representar os costumes de cada área do jogo, tudo isso sem perder a coesão com o estilo artístico geral que ele propõe.

Avowed

A Obsidian Entertainment nos presenteou com um dos melhores RPGs dos últimos tempos. Avowed não vive à sombra de gigantes como Baldur’s Gate 3 ou Skyrim. Pelo contrário, ele brilha com uma identidade própria, oferecendo personagens carismáticos, um mundo vasto e incrivelmente detalhado, onde cada região conta sua própria história, repleta de cultura e design únicos. A sensação de exploração é fascinante: a cada passo, o jogador deixa um rastro em um universo vivo e repleto de narrativas memoráveis. É aquele tipo de jogo que te prende de tal forma que você nem percebe o tempo passar.

Mais do que um simples jogo, Avowed é uma verdadeira carta de amor da Obsidian aos fãs de RPGs. Assim como Skyrim foi em sua época. Avowed é uma experiência inesquecível que consolida seu lugar entre os grandes do gênero e promete ser lembrado por muitos anos.

9.5