A convite da Bandai Namco, tive a oportunidade de jogar a versão para PC de Battle Train. Confesso que me arrependi de não ter experimentado a versão para Nintendo Switch, e vou explicar nesta análise o motivo.
Battle Train é um roguelike de cartas e batalhas de trem, com uma premissa inusitada. O jogo apresenta um enredo bem-humorado, no qual participamos de um programa de domingo semelhante ao Caldeirão do Huck (inclusive, o apresentador se chama Hank). O objetivo principal do programa/reality é decidir quem será o novo presidente maquinista, já que o atual, Aalvado, ocupa o cargo há 30 anos.
Jogabilidade e aspecto roguelike
A jogabilidade se baseia na montagem de trilhos e no uso estratégico de cartas, proporcionando combates que lembram YU-GI-OH e outros jogos de cartas, só que com trens. Um dos pontos mais divertidos é a necessidade de gerenciar seus minérios (pontos) para usar as cartas de trilhos ou armadilhas, além de conquistar mais minérios e moedas durante as batalhas. No início, fiquei um pouco perdido, mas logo me acostumei e compreendi melhor a proposta.
O aspecto roguelike é bastante interessante: ao perder, um novo “participante” assume o lugar, trazendo uma vantagem ou efeito diferente do anterior, além de um baralho exclusivo de trilhos e armadilhas. Isso evita a repetição das mesmas estratégias. A única ressalva é quanto aos nomes e à aparência dos personagens que surgem após a primeira participante, que achei pouco inspirados, mas entendo as limitações do desenvolvimento.









Direção de arte
O jogo tem uma direção de arte simples, mas funcional para a proposta. O estilo lembra os desenhos curtos exibidos no Cartoon Network entre intervalos, o que combina com o tom leve e divertido do jogo.














Arrependimento
Quando recebi a oportunidade de jogar Battle Train, escolhi imediatamente a versão de PC, sem considerar que o jogo seria perfeito para dispositivos portáteis como o Nintendo Switch. Cometi esse erro achando que não me prenderia tanto à jogabilidade, mas, assim como Balatro, Battle Train vicia com sua proposta maluca e divertida. Faço questão de ressaltar isso, pois o jogo é extremamente divertido, apesar de alguns pontos que poderiam ser aprimorados.
Battle Train
Battle Train não reinventa nem inova o gênero, mas é extremamente divertido para passar o tempo, especialmente se você tiver a oportunidade de jogar em um portátil como o Switch. Pode ser confuso no começo, mas após algumas partidas, você pega o jeito e trilha seu caminho rumo ao posto de Presidente Maquinista.