A história de Bionic Bay é apresentada de forma minimalista, sem diálogos extensos ou cutscenes detalhadas, remetendo a jogos como Limbo, Inside, Somerville, entre outros. O jogador controla um cientista anônimo que, após um experimento dar errado, encontra-se preso em um misterioso mundo biomecânico ancestral, repleto de máquinas criativas, tecnologias sinistras e armadilhas mortais. Não há uma narrativa explícita; a história é contada por meio da ambientação, pistas visuais e interações com o cenário.
O protagonista utiliza um dispositivo de teletransporte único, que permite trocar de lugar com objetos e inimigos, manipular a gravidade e interagir com o ambiente para escapar do planeta hostil. Durante a jornada, o jogador descobre fragmentos da história, como registros de outros cientistas que não sobreviveram e ruínas que sugerem um passado tecnológico avançado, misturado a elementos orgânicos. Confesso que descobri poucos fragmentos da história… A narrativa incentiva o jogador a interpretar o que aconteceu nesse mundo e qual é o objetivo final do cientista – seja escapar, sobreviver ou desvendar os segredos do lugar.
A história é intencionalmente vaga, priorizando a imersão através de visuais detalhados em pixel art, design de som atmosférico e level design que “fala” por si só, deixando a interpretação a cargo do jogador.
O jogo
Se você já jogou Limbo, Inside, Sommerville, etc, vai se sentir em casa. Segue o mesmo padrão: Jogo de plataforma, 2D, com centenas de quebra-cabeças e uma necessidade de juntar habilidade e timing para executar as soluções.
São vinte e três níveis, cada um apresentando mecânicas e desafios levemente diferentes. Na maioria você usa a função de teleportar com um objeto, trocando de lugar com ele. Em outros, há uma função de desacelerar o tempo por alguns segundos, mas a realidade é que para mim, depois de um tempo, tudo pareceu meio repetitivo.
Alguns níveis você mata rápido, outros exigem um pouco mais de trabalho. Como em muitos desses jogos, os quebra-cabeças envolvem uma certa tentativa e erro.
O jogo aqui nos ajuda, pois ele salva a cada quebra-cabeças não perdendo muito tempo repetindo coisas. Afinal, você já acaba repetindo mesmo para passar nas paradas.
Eu levei cerca de 16 horas para terminar Bionic Bay e confesso que já estava cansado. São centenas, senão milhares de quebra-cabeças o que acaba cansando. Ainda mais que são parecidos.
Gráficos
Não temos informações sobre qual motor gráfico foi utilizado por Bionic Bay, o que sugere tratar-se de um motor proprietário. Como o jogo é monocromático e pixel art, roda liso em qualquer hardware. Aqui no meu Notebook, rodou full a 120 fps.
O jogo é bonito, com reflexos que sugerem Ray Tracing, mas, até pela proposta artística, tudo é simples e roda bem.
Bionic Bay
Bionic Bay é mais um jogo do tipo Limbo e Inside, embora eu tenha achado inferior a esses. É um jogo para quem gosta de quebra-cabeças e plataforma. Zero narrativa.
Quer uma nota? Nota 7. Legal, mas nada de outro mundo. TALVEZ, se for o seu tipo de jogo, uma nota 8 seja possível.
