Jogo disponibilizado pela Activision

Depois de quase quatro anos de desenvolvimento e após lançamentos conturbados de outros títulos da franquia, Call of Duty: Black Ops 6 finalmente chega ao mercado, prometendo inovações significativas e uma campanha que remete à era de ouro da franquia. Após aproximadamente 70 horas dedicadas à campanha, multiplayer e modo Zombies, apresento uma análise detalhada.

O Jogo e seus desafios

Ambientado 10 anos após os acontecimentos de Call of Duty: Cold War, mais precisamente em 1991, Black Ops 6 se passa no início da Guerra do Golfo, época em que os Estados Unidos se erguem como uma das poucas grandes forças globais remanescentes após o fim da Guerra Fria.

É nesse período que entramos na pele do agente da CIA William “CASE” Calderon, em uma missão para resgatar Said Alawi, ministro da Defesa iraquiano e alvo de grande valor para a agência. No entanto, sua equipe é atacada por uma organização chamada Pantheon, uma força paramilitar multinacional fortemente armada. Após o fracasso da missão, a equipe é suspensa, e então Case e seu colega Troy Marshall embarcam em uma caçada secreta para descobrir quem está por trás desse grupo e quais são seus planos, com a ajuda dos lendários Frank Woods e Russell Adler, sem poder confiar na agência em uma trama de espionagem e operações secretas.

Em suas 8 horas de duração, a campanha segue um ritmo acelerado, entregando muita ação e espionagem, mas consegue desenvolver os personagens clássicos e novos com maestria. Além disso, conta com uma “safe zone”, a Torre, um antigo esconderijo da KGB usado pela nossa equipe para planejar os próximos passos na caçada pelo Pantheon, que podemos explorar entre as missões. Podemos encontrar um estande de tiro, sala de armamento e equipamentos, onde podemos melhorar nossas habilidades, trazendo uma experiência única para cada jogador. Isso inclui puzzles desafiadores e a possibilidade de conversar com os personagens da equipe, resultando em diálogos que enriquecem a trama e aproximam o jogador de cada membro da equipe.

Opinião sobre a campanha

Desde MW:2019, não me prendia a uma campanha de Call of Duty como esta; ela conseguiu me cativar, com missões muito diferentes entre si. Em algumas delas, temos a liberdade de escolher como prosseguir para o objetivo final, não só em stealth, mas também com opções de diálogo e escolhas que mudam o resultado. Em uma certa missão que se passa no Iraque em mundo aberto, temos mais de 20 objetivos secundários, que podemos explorar livremente ou priorizar os 3 necessários para concluir a missão. Eu, particularmente, não gostava dessas missões em mundo aberto por achá-las muito vazias e, de certa forma, sem graça em outros jogos da franquia. No entanto, neste título, elas são muito bem executadas e planejadas. Se houver mais missões assim nos próximos CODs, espero que sejam tão boas quanto esta foi.

No geral, temos uma campanha que surpreendeu e foi muito melhor do que eu esperava, com muitas reviravoltas e desafios para o jogador, além de conseguir trazer a sensação de estarmos jogando um Black Ops clássico, apresentando um dos finais mais diferentes da franquia e deixando em aberto para uma continuação.

Zombies

Para os amantes de Zombies, Black Ops 6 é um prato cheio, contando com dois mapas no seu lançamento: Liberty Falls e Terminus. A campanha do modo é uma continuação direta de Cold War, com uma trama até divertida, porém exigindo dos jogadores mais atenção aos detalhes de cada diálogo para captar cada referência. A jogabilidade muda com a nova mecânica de omni-movement introduzida neste game, trazendo uma nova forma de jogar Zombies e mais recursos para escapar de situações que poderiam resultar na morte do jogador.

Momento capturado da nossa stream

É muito divertido usar essa mecânica, e os mapas são desafiadores, fazendo o jogador utilizar bastante tanto a mecânica quanto as armadilhas e pack-a-punch dos mapas em rounds mais longos, principalmente contra os chefões. Temos muitos easter eggs nos mapas, sendo alguns até engraçados, que me fizeram rir junto com a equipe da Safe que jogou comigo.

Como um jogador que gosta muito de Zombies, talvez tenha sido o que mais busquei esses easter eggs, além de tentar completar o mapa com o maior número de rounds possível, sendo muito divertido, principalmente para jogar com amigos.

Multiplayer

Além de uma ótima campanha, este é, com certeza, um dos melhores multijogadores de COD dos últimos anos. Contando com 16 mapas no seu lançamento, funciona ainda melhor que o Zombies com a nova mecânica de omni-movement, talvez pelo layout dos mapas que se encaixam muito bem com a mecânica, sendo perfeito para quem gosta da jogabilidade de run and gun que COD sempre teve. Isso proporciona partidas e jogadas memoráveis, principalmente para quem usa e abusa da movimentação.

Além dos 16 mapas, o game tem uma gama de armas bem interessante, porém apenas 6 delas entram no meta. Mas todas as armas têm um dano bom e, nas mãos certas, podem causar um belo estrago, tornando a busca pelas camuflagens mais divertida este ano. A busca pelas camuflagens de ouro e as ainda mais especiais está muito mais divertida e viciante; faz alguns bons anos que eu não me sentia empolgado para completar essa coleção.

O game conta com a volta de um recurso muito querido pelos fãs da franquia: o Prestígio de níveis. Ao atingir o nível máximo, os jogadores têm a opção de entrar no próximo nível de prestígio, o que bloqueia todos os desbloqueáveis, deixando apenas o que o jogador escolher, trazendo recompensas únicas de cada nível de prestígio. Isso era muito pedido pela comunidade e retorna de forma épica este ano.

Call of Duty: Black Ops 6

Com uma das melhores campanhas de COD dos últimos anos, um modo Zombies muito divertido e um multiplayer espetacular, o game consegue trazer a sensação de estarmos entrando na era de ouro de COD para os jogadores mais antigos e é um ótimo game para quem busca um FPS divertido e frenético.

10