Começou a contagem regressiva para a obsolescência programada do WhatsApp em smartphones com versões Android anteriores ao Lollipop. O fato não chega a ser novo, e a Meta, conglomerado de tecnologia e mídia social proprietário do aplicativo, já havia se pronunciado sobre o assunto em dezembro do ano passado. A justificativa é de que disponibilizar no mercado uma versão em aparelhos que não recebem mais suporte ou atualizações de segurança no sistema operacional implica em riscos significativos para os usuários.
Ainda não estão confirmados todos os modelos que perderão suporte ao WhatsApp, mas a variante de testes mais recente do aplicativo deixou claro que a versão mínima do Android suportada será a 5.0. Por consequência, proprietários de aparelhos que ainda usam as versões “Jelly Bean” e “KitKat” estarão excluídos de atualizações.
Para entender o alcance global da decisão tomada pelos desenvolvedores do aplicativo de mensagens, basta lembrar que o Android 4.4 (“KitKat”) ainda se encontra presente em aproximadamente 0,6% dos dispositivos ativos em todo o mundo. Não é muito, mas tampouco é um percentual desprezível – principalmente se levarmos em consideração que o sistema operacional Android, em suas múltiplas versões, ainda tem 69,74% de participação no mercado global, segundo pesquisa publicada no segundo semestre de 2022 pela empresa de segurança digital Beyond Identity.