A Skynet IA irá comandar o mundo dos negócios?
Ao que tudo indica tem fundamento bastante sólido a repercussão à entrevista concedida pelo CEO da OpenAI, Sam Altman, à ABC News, divisão de jornalismo de um dos mais importantes conglomerados de comunicação dos Estados Unidos. Na conversa veiculada no último dia 16, o diretor executivo da empresa por trás do ChatGPT manifestou estar “assustado” com a Inteligência Artificial.
Como o próprio Sam Altman revelou é preciso “ter cuidado” com a IA e suas potenciais ameaças ao mundo como o conhecemos. Ele também discorreu sobre as implicações de como inteligências artificiais poderão afetar em breve a “força de trabalho”, bem como serem usadas na desinformação em larga escala e em ameaças cibernéticas.
Para aqueles que assistiram algum dos filmes da franquia “Exterminador do Futuro” parece que estamos vendo uma profecia autorrealizável ir, rapidamente, se concretizando. Para além, pelo menos um dos temores de Sam Altman já se mostra, no mínimo, um tanto quanto evidente.
Informação veiculada hoje cedo pelo portal Exame.com noticiou que, a pedido de um designer de marca “o ChatGPT criou e gerenciou uma empresa do zero e conseguiu receita em cinco dias”. Para realizar a façanha, Jackson Greathouse Fall teria entrado no serviço de chat e enviado um comando informando à criação da OpenAI, turbinada pelo GPT-4, que ela seria “uma IA empresarial”, enquanto o designer seria sua contraparte humana, uma espécie de “intermediário entre o ChatGPT e o mundo real”.
As únicas regras estabelecidas foram que a inteligência artificial teria um capital inicial de US$ 100 e a meta de torná-lo a maior quantidade de dinheiro possível no menor espaço de tempo, “sem fazer nada ilegal”.
Resultado: a IA desenvolveu um negócio próprio focado no compartilhamento de dicas sobre produtos sustentáveis e também sobre formas de ter uma vida mais amigável com o meio ambiente. O ChatGPT também teria tomado as decisões sobre o negócio, que passaram a ser concretizadas por Fall; dentre estas, “um plano para o empreendimento, a estratégia para criação do site, estabelecimento de nicho de atuação, presença em redes sociais, todos os gastos associados às operações, a alocação de capital para divulgação nas redes sociais” e até a “contratação de duas pessoas para trabalhar como redatoras, escrevendo conteúdo para o site”.
Detalhe: segundo o portal, “o ChatGPT já criou uma série de ordens para os dois redatores seguirem”, o empreendimento “acumula US$ 130 de receita em cinco dias”, “um total de 1.824 membros em uma comunidade criada na plataforma de chat Discord” e “Fall tem recebido investimentos de outras pessoas interessadas no projeto”. Parece ou não um filme de ficção científica com pitadas de terror?
Fonte: Exame.com / ABC News