Chave recebida por JF Games PR

Após 2 anos em acesso antecipado disponibilizado na plataforma Steam, Core Keeper chega neste 2024 a sua versão definitiva nos PCs e nos consoles de mesa. O promissor jogo de sobrevivência que constantemente era comparado com Minecraft e Terraria mostra a que veio e consegue conquistar o seu espaço de bloquinho em bloquinho.

Esta análise foi realizada no console Xbox Series S. Em nome da Safe Zone Games, agradeço a chave disponibilizada gentilmente. Vale a pena? Vem comigo que eu te conto.

História

Nosso personagem (que pode ser personalizado, seja em visual mas como também em atributos especiais, vale dizer) faz parte de um grupo de experientes exploradores. Em uma de suas expedições em uma floresta que parecia ser uma jornada tranquila, acaba não tendo o mesmo resultado que suas experiências anteriores.

O protagonista acaba sendo teletransportado por uma relíquia antiga para uma caverna isolada de tudo e de todos, chegamos basicamente ao núcleo da terra ou simplesmente no fundo do poço se preferirem. Assim começa a nossa jornada de sobrevivência, onde estamos? O que perigos nos aguardam? Respostas que serão respondidas em breve.

Jogabilidade

Assim como em outros produtos disponibilizados no mercado, Core Keeper também segue a criação de mundo de forma procedural. Todo new game iniciado pelo jogador teremos uma caverna diferente, os elementos centrais estarão por lá mas não obrigatoriamente no mesmo local de uma outra run, por exemplo. Sua câmera adota o estilo top-down, que são aquelas câmeras que o jogador acompanha de cima para baixo, bem próximo a um Hotline Miami e The Legend of Zelda: Link’s Awakening.

Já no começo da jornada podemos perceber as suas singularidades. Inicialmente o soco do personagem é algo de extrema importância, diferente de títulos como Minecraft onde demoramos bastante para quebrar as coisas, por aqui é o oposto. Tudo quebra muito rápido e basicamente tudo é quebrável neste começo, se tornando convidativo e amigável para quem está chegando por agora no gênero.

Mas isso só fica na primeira página infelizmente, se por um lado é tudo tranquilo e a progressão parece estar fluindo de uma maneira significativa, a fome do personagem e a complexidade dos outros elementos do título podem afastar um pouco os novatos.

Aproveitando que citei a questão da fome do personagem, cito um exemplo do qual podemos sentir um pouco a direção que o game vai levando o jogador: Em Core Keeper as comidas devem ser combinadas em nosso fogão, misturando peixe com pimenta, geramos uma sopa que além de saciar a nossa fome também gera atributos adicionais. Nessa situação anterior, a sopa também dará para o nosso personagem velocidade de movimento. Outras darão resistência a elementos especiais, outras que farão o nosso personagem brilhar no escuro e por aí vai.

Tudo tem muito pormenor, chega a assustar as vezes. Cada ação que realizamos geram experiências em tópicos diferentes. A cada bloquinho quebrado, vamos ganhando maestria em mineração. Essa experiência vai se acumulando e depois temos que organizar os pontos em uma árvore de habilidades.

Tem de cozinhar, de andar pela caverna, de magia e os mais variados elementos disponibilizados para o título. O bom disso tudo é que temos praticamente um RPG do mais alto nível por aqui também, sem diálogos e profundidade de história mas todo o resto tá por aqui.

O combate do game é bem tranquilo, para armas de curto alcance é basicamente bater, afastar e bater. Geralmente esta tática funciona na maioria dos mobs espalhados pelos variados biomas, a história vai mudar de figura nos chefes…

Em nossa jogatina confrontamos 11 ao todo, cada 1 deles dropa um item especial do qual é necessário para que o personagem possa voltar para o mundo normal. Além das batalhas serem bastante desafiadoras, encontrar de cada um deles também é um embate de respeito.

Direção de arte

Fator importante e que eles também conseguiram se sair bem. Em muitos momentos da jogatina, estamos ali minerando, construindo a nossa base e o tempo vai só passando meio que o piloto automático começa a agir, a música agradável que eles colocaram por aqui nos cativa para cada uma das situações, seja de calmaria ou em momentos caóticos de batalhas.

Multiplayer

Meio que é chover no molhado mas eu tenho que dizer, sinto que jogos assim suplicam para uma experiência cooperativa. A jogatina solo se comparada com jogar com amigos não se sustenta, o PvE com direito a muita conversa jogada fora é outro nível.

O bom aqui é que cada mundo criado suporta 8 jogadores, cada player pode entrar a qualquer momento e ajudar em momentos específicos algum colega, seja localização de boss, criação de acampamentos, ajudar na fazenda e as mais variedades proporcionadas.

Core Keeper

Core Keeper é muito mais do que uma cópia seja de Minecraft, Terraria e muitos outros exemplos que ele foi comparado. Ele tem sim a sua identidade, com suas qualidades e seus defeitos. Para um amante do gênero de sobrevivência é um tiro certo, cumpre a risca cada um dos requisitos que seus jogadores adoram.

Mas para um novato, ele é muito complexo e pode assustar um pouco. A grande questão a ser trabalhada é a paciência para entender o que cada coisa faz, entender os atalhos indicativos para os chefes e as estratégias que cada momento distinto pede para o avanço.

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