Cubic Odyssey

Explore, construa e sobreviva em mundos voxel únicos enquanto enfrenta uma ameaça cósmica em Cubic Odyssey, uma aventura espacial cheia de possibilidades.

Imagine cair de paraquedas em um sistema solar onde cada planeta parece ter saído de uma caixa de LEGO galáctica… que cheia de perigos. Essa é a premissa de Cubic Odyssey. O jogo te joga (quase literalmente) no espaço desconhecido depois de um pouso forçado em um mundo alienígena voxelizado e cheio de mistérios.

Sem cutscenes dramáticas, sem tutoriais maçantes, o jogo um tapinha nas suas costas e diz: “Vai lá, campeão. Se vira”. E esse é justamente o charme: o universo é seu, com ameaças, tesouros e ruínas esperando para serem descobertos. Mas um pequeno (grande) problema: uma praga cósmica chamada Escuridão Vermelha está se espalhando como fofoca em cidade pequena, infectando tudo e todos.

Você pode construir, explorar, minerar, voar por entre planetas e até declarar guerra a seres corrompidos por essa ameaça. Mas no fim, tudo gira em torno de como você quer sobreviver – ou não – nessa odisseia cúbica.

JOGABILIDADE

Aqui o jogo brilha. Cubic Odyssey mistura exploração planetária, crafting profundo, mecânicas de combate, narrativa emergente e até gestão de recursos espaciais. Parece ambicioso demais? Pode até parecer, mas o mais surpreendente é que tudo isso funciona bem integrado.

Você começa com quase nada, seu traje espacial e um punhado de esperança. Aos poucos vai minerando, coletando recursos, construindo ferramentas, montando uma base e… do nada você está criando uma estação espacial com raio trator, refinaria de elementos e um foguete que faria Elon Musk chorar de inveja.

O sistema de crafting é robusto, mas intuitivo. Tem profundidade para agradar jogadores mais técnicos, mas sem transformar tudo numa planilha do Excel. O combate é simples, mas funcional. As criaturas corrompidas pela Escuridão Vermelha variam de insetos espaciais a coisas que você vai desejar nunca ter acordado. O jogo ainda te permite tomar decisões morais, como eliminar a infecção à força ou deixar que ela transforme o universo numa rave vermelha apocalíptica.

Existem três modos principais:

  • Sobrevivência: foco na história, nos perigos e na progressão clássica com recursos limitados.

  • Criativo: liberdade total para construir, voar e fazer arte em voxel.

  • Aventura: você começa sem rumo e tudo é descoberto organicamente, no melhor estilo “a jornada importa mais que o destino”.

Ah, e vale destacar: a transição entre solo, atmosfera e espaço é um dos pontos altos. Sair da superfície e voar direto para a órbita sem corte é uma delícia que não cansa nunca.

DIREÇÃO DE ARTE / TÉCNICA

A estética voxel virou quase um gênero à parte, mas Cubic Odyssey consegue usar isso a seu favor. Cada planeta tem uma identidade visual própria, com ambientes alienígenas que vão de florestas fluorescentes a desertos com cristais gigantes, tudo em blocos bem definidos e cheios de personalidade.

O jogo tem um ar de “sci-fi retrô moderno”, se é que isso faz sentido. Os efeitos de luz e sombra são muito bem usados, especialmente durante ciclos de dia e noite ou em tempestades cósmicas que surgem do nada para te lembrar que o universo não está de brincadeira.

A trilha sonora é um show à parte: minimalista, mas eficaz. Aqueles sons etéreos que parecem sussurrar “perigo” e “descubra” ao mesmo tempo, criando uma imersão absurda. Combina com o silêncio espacial e aquele clima contemplativo ideal para quem gosta de se perder olhando o horizonte digital.

E tecnicamente? Bem otimizado, mesmo ainda em desenvolvimento ativo. Roda bem em setups intermediários, com boas taxas de quadros e quase nenhum bug sério. Para um jogo desse escopo, vindo de um estúdio indie, isso é mais raro que oxigênio em Plutão.

Cubic Odyssey

Cubic Odyssey é um verdadeiro presente para quem gosta de jogos de exploração espacial com liberdade criativa. Ele mistura o melhor de vários mundos: o crafting de Minecraft, a vastidão de No Man’s Sky, a atmosfera de Outer Wilds e a personalidade própria de um projeto feito com paixão.

Não é um jogo que te pega pela mão. Ele te solta no universo e espera que você aprenda, experimente, erre feio e depois acerte bonito. Mas é justamente que mora sua alma: na liberdade, na descoberta, e em cada estrutura construída bloco por bloco com suor digital e orgulho nerd.

Claro, ainda espaço para ajustes — como menus mais intuitivos e maior variedade de inimigos — mas o que foi entregue é sólido, divertido e promissor.

Prepare seu traje espacial, carregue seu canhão de plasma e leve seu cubo para a aventura mais charmosa do cosmos.

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