Você joga como um “Sourcerer”, um indivíduo com habilidades mágicas ligadas à Fonte, uma energia poderosa, mas perigosa. A história começa com seu personagem preso pela Ordem Divina, liderada pelo Bispo Alexandar, que caça Sourcerers por considerar a Fonte uma ameaça ao mundo após eventos catastróficos.
Rivellon é um mundo de fantasia criado pela Larian Studios, onde deuses, magia, dragões e conflitos cósmicos coexistem. Sua história começa com os Eternos, uma raça primordial que habitava Rivellon antes das raças mortais (humanos, elfos, anões, lagartos, etc.). Os Eternos eram seres poderosos, quase divinos, que dominavam a Fonte, uma energia mágica fundamental que permeia o universo. Eles construíram uma civilização avançada, mas sua história foi marcada por uma catástrofe.
Os Sete Deuses surgiram como entidades que governavam diferentes aspectos da existência e eram adorados pelas raças mortais, sendo que cada deus está ligado a uma raça específica.
Milênios antes de Original Sin 2, Rivellon foi assolado por guerras envolvendo a Fonte. Um evento crucial foi a criação do Véu, uma barreira mágica que separou o mundo material do Vazio, uma dimensão caótica de onde vêm criaturas corruptas conhecidas como Voidwoken.
O Véu foi criado para proteger Rivellon, mas sua estabilidade dependia do controle da Fonte. Para manter a ordem, os Deuses escolheram um mortal para se tornar o Divino, um ser quase deus, imbuído de imenso poder da Fonte para proteger Rivellon e combater ameaças do Vazio.
O primeiro Divino foi Lucian, um humano que se tornou uma figura lendária, unindo as raças e estabelecendo a Ordem Divina, uma organização dedicada a manter a paz e regular o uso da Fonte.
Em Original Sin 2, ambientado séculos após a Grande Guerra, Rivellon está em crise novamente. A Ordem Divina, agora liderada pelo Bispo Alexandar, filho de Lucian, intensificou sua perseguição aos Sourcerers, aprisionando-os em locais como Fort Joy sob a justificativa de proteger o mundo do Vazio. A Fonte é considerada uma ameaça, pois seu uso parece atrair Voidwoken com mais frequência, e o Véu está enfraquecendo. Enquanto isso, as raças de Rivellon enfrentam suas próprias tensões:
- Humanos: Dominam a Ordem Divina, mas sua liderança é questionada por abusos de poder.
- Elfos: Enfrentam declínio cultural e conflitos internos, com memórias de sua conexão com Tir-Cendelius.
- Lagartos: O Império dos Lagartos é poderoso, mas dividido por intrigas políticas e ambições de Zorl-Stissa.
- Anões: Sob a rainha Justinia, enfrentam corrupção e opressão, com revoltas crescentes.
- Orcs e Imps: São marginalizados, mas têm papéis menores na trama, ligados a Vrogir e Xantezza.
A história do jogo começa com o jogador, um Sourcerer, preso em Fort Joy, descobrindo que o destino de Rivellon está ligado à ascensão de um novo Divino. A narrativa explora a relação entre os Sete Deuses, o Vazio, a Fonte e os segredos dos Eternos, com conspirações que desafiam a ordem estabelecida e questionam a natureza da divindade.
A narrativa segue sua jornada para escapar de Fort Joy, dominar seus poderes e buscar se tornar o próximo Divino, uma figura de natureza quase divina, destinada a salvar Rivellon. Ao longo do caminho, você encontra companheiros com histórias pessoais profundas: Lohse, uma barda possuída, Sebille, uma elfa em busca de vingança, Fane, um esqueleto com segredos antigos, o Príncipe Vermelho, um lagarto nobre e exilado, entre outros. A trama explora temas de poder, traição, divindade e moralidade, enquanto você enfrenta escolhas difíceis que moldam o destino do mundo.
JOGABILIDADE
Embora seja fortemente inspirado em RPGs de mesa, a Larian não usa as regras de Dungeons and Dragons (D&D) e sim um sistema próprio.
Apesar disso, existem muitas semelhanças entre os sistemas. Original Sins 2, usa um sistema que enfatiza a narrativa e as escolhas. Muitas de suas escolhas afetarão a história, o final e a forma como o mundo e os personagens lhe tratam e reagem a você.
O jogo faz uso de atributos e habilidades. Os personagens têm força, destreza, inteligência, constituição, memória e astúcia. Habilidades de persuasão, furtividade e intimidação, comuns em D&D, aparecem em Divinity como talentos.
Tal como em D&D e falamos acima, o combate é por turnos. E assim como em Baldur’s Gate 3, o uso do terreno, elevações, objetos do mundo, são importantes para um combate bem-sucedido.
Diferentemente de D&D, as classes aqui não são “fechadas” e você pode customizar seu personagem da forma que achar interessante. Claro que é sempre importante lembrar que um especialista sempre é melhor que um generalista e um grupo (Party) bem equilibrado é fundamental. Você precisa ter um tanque, alguém que cure e dê buffs, alguém que ataque a distância, etc.
Aqui também há escolas da magia, habilidades de combate e pontos de ação. Tudo “semelhante” a D&D mas não exatamente igual.
O sistema de armaduras é bem diferente. Ao invés de uma única classe de armadura, aqui a armadura pode ser física e/ou mágica. O personagem só sofre dano físico após sua armadura específica se esgotar. Se por exemplo, você está sendo atacado com um machado, apenas sua armadura física será afetada. Da mesma forma, se você for atacado com magia ou elementos, sua armadura mágica será afetada.
Aqui, como em D&D, as interações elementais são importantes: água + eletricidade, cria choque. Óleo + fogo cria explosões, e por aí vai.
Pode preparar no mínimo 100 horas para esse jogo. Eu levei cerca de 150 horas, sendo que pode facilmente chegar perto de 200 horas.
DIREÇÃO DE ARTE / TÉCNICA
Uma das características mais marcantes do motor é o suporte a interações ambientais complexas como citei anteriormente. O Divinity Engine 2.0 permite manipulação de elementos como fogo, água, eletricidade e veneno, que interagem realisticamente.
O motor suporta resoluções até 4K, com texturas e efeitos visuais escaláveis para diferentes configurações de hardware. Até pela idade do jogo, ele roda bem em praticamente qualquer hardware relativamente novo.
O Divinity Engine 2.0 utiliza iluminação dinâmica com sombras suaves, criando atmosferas imersivas em locais como masmorras escuras ou florestas iluminadas pelo sol.
Embora não suporte tecnologias avançadas como ray tracing (não disponível na época), o motor usa técnicas de iluminação pré-calculada (baked lighting) e em tempo real para equilibrar desempenho e qualidade visual.
Uma coisa importante aqui. Divinity 2 não tem motion capture, câmera cinemática e nem as cutscenes que fizeram de Baldur’s Gate 3 o clássico que ele é. Lembrando que o jogo foi parcialmente financiado por Crowd funding. A Larian arrecadou cerca de $ 2.000.000 para o desenvolvimento do jogo.
- Comprado via Steam
