Chave recebida via Yellow Brick Games

Eternal Strands é um jogo de ação e aventura em terceira pessoa desenvolvido pela Yellow Brick Games, um estúdio fundado por veteranos da indústria de jogos, incluindo Mike Laidlaw, ex-diretor criativo da série Dragon Age. Este é o primeiro jogo do estúdio.

"Magia, combates, cenários fantásticos e muita exploração!"
~

Premissa

A história é centrada em Brynn, uma jovem Weaver – que é como chamam os magos nesse universo – que está totalmente determinada a recuperar o lar cultural do seu povo, o Enclave.

O jogo se passa num mundo que foi devastado por um cataclismo mágico, o que deixou tudo uma bagunça, com nações em guerra e um monte de mistérios pra desvendar. O Enclave, esse lugar que era tipo a Meca da magia, agora está isolado por uma barreira chamada Véu, e ninguém sabe direito o que aconteceu lá dentro. Brynn, junto com seu bando de tecelões mágicos, decide botar o pé na estrada pra descobrir o que rolou e, quem sabe, trazer de volta um pouco da glória de antes.

A narrativa é bem rica, cheia de detalhes que vão te fazendo entender melhor o mundo e a cultura dos Weavers. A história começa um pouco lenta, mas pega fogo na segunda metade da campanha, onde você começa a entender mais sobre os personagens e as relações entre eles. O elenco de vozes é de primeira, dando vida a cada personagem, o que te faz querer saber mais sobre cada um deles.

O legal é que o jogo não te obriga a ler tudo pra avançar, mas se você curtir uma boa história, tem um monte de lore espalhado pelos cenários e nas conversas com NPCs que vão te prender. É como se você estivesse lendo um RPG de mesa, com descrições que pintam um quadro maior do mundo.

Gameplay/Jogabilidade

A gameplay de Eternal Strands é uma viagem, sério mesmo. Logo de cara, você percebe que esse jogo não é pra quem gosta de tudo mastigado. A jogabilidade é uma mistura deliciosa de ação, estratégia e exploração que te dá uma sensação de liberdade que poucos jogos conseguem.

Primeiro, vamos falar da movimentação. Brynn, a protagonista, tem uma agilidade impressionante. Você pode escalar praticamente qualquer coisa, o que transforma cada mapa num playground vertical. Essa escalada não é só pra se exibir; é crucial pra encontrar rotas secretas, vantagens táticas em combate e até pra escapar de situações complicadas. É tipo aquele sonho de infância de poder escalar as paredes e chegar ao topo do mundo.

A magia é o coração da jogabilidade. Como uma Weaver, Brynn tem acesso a um sistema de magia que lembra um pouco de “The Legend of Zelda: Breath of the Wild”, mas com um toque próprio. Você pode manipular os elementos – fogo, gelo, ar e terra – de maneiras bem criativas. Quer congelar um inimigo pra depois esmagá-lo com uma pedra? Pode fazer. Quer criar uma explosão de ar pra desviar de um ataque? Também dá. A chave aqui é a experimentação; misturar elementos te dá vantagens únicas, como criar tempestades de gelo ou erupções vulcânicas.

O combate é onde o jogo realmente brilha. Não é só bater de frente com os inimigos; você precisa pensar. Cada inimigo tem fraquezas e resistências específicas, então usar a mágica certa no momento certo é essencial. Tem uns chefões que são simplesmente épicos, gigantes que você tem que escalar pra atacar pontos fracos, lembrando um pouco “Shadow of the Colossus”. Mas aqui, a magia adiciona uma camada extra de estratégia e diversão.

Porém, não é tudo perfeito. O combate corpo a corpo pode ser um pouco desajeitado às vezes, especialmente quando você tenta combinar com a mágica. E, se você não gosta de gerenciar recursos, pode se frustrar um pouco com a necessidade de administrar seus “fios” de magia, que são basicamente o seu mana.

A exploração também tem seus altos e baixos. Os cenários são lindos, cheios de detalhes e segredos pra descobrir, mas às vezes pode ser confuso entender onde você precisa ir ou o que fazer em seguida se você não prestar atenção nas pistas do ambiente ou nos diálogos.

Eternal Strands te dá uma sensação de poder e liberdade, mas também te desafia a usar isso de forma inteligente. É um jogo que te faz querer tentar uma coisa nova a cada vez que você pega o controle. Se você curte um RPG de ação com um toque de magia e exploração, vai se sentir em casa. Mas tenha paciência com o ritmo do combate e com a curva de aprendizado do sistema mágico, porque, uma vez que você pega o jeito, é difícil largar.

Direção de arte

A direção de arte de Eternal Strands é um espetáculo visual que te faz parar e admirar cada cena como se fosse um quadro. A primeira coisa que te chama a atenção é como o jogo consegue equilibrar um visual de fantasia com um toque de realismo que te imerge completamente no mundo.

O design dos cenários é de cair o queixo. Cada área tem uma identidade visual forte que reflete a história e a cultura do lugar. Tem florestas que parecem saídas de um conto de fadas, com árvores gigantescas e uma iluminação que dá um clima quase mágico ao ambiente. As ruínas do Enclave são um contraste incrível, mostrando uma civilização antiga que mistura tecnologia e magia, tudo isso coberto por uma vegetação que tenta reclamar o espaço de volta. A paleta de cores varia de acordo com a região, mas sempre mantém uma harmoniosa combinação que faz cada local se destacar.

Os personagens são outro ponto alto. Brynn e os outros Weavers têm um design que é tanto funcional quanto esteticamente agradável. As roupas e armaduras são detalhadas, com um estilo que lembra um pouco o medieval, mas com um twist de fantasia que faz sentido dentro do universo do jogo. É evidente o cuidado com a animação; cada movimento, seja na escalada ou no uso da magia, é fluido e expressivo, transmitindo personalidade.

A magia, ah, a magia! É aí que a arte brilha. Cada elemento tem uma aparência única que não só é bonita de ver, mas também te dá uma sensação da força e da natureza desse poder. O fogo é vibrante, o gelo tem um brilho cristalino, o vento parece dançar ao redor dos personagens, e a terra se ergue como se fosse viva. Esses efeitos visuais são integrados de maneira que, ao invés de serem apenas um show de luzes, eles contam uma parte da história e da mecânica do jogo.

Mas não é só sobre beleza; a direção de arte também serve pra contar a história e criar atmosfera. Locais que foram devastados pelo cataclismo têm um ar de melancolia, com cores mais escuras e ambientes destruídos que contrastam com a vitalidade das áreas onde a natureza ainda reina. Esse contraste ajuda a imergir você na narrativa sem precisar de muitas palavras.

Porém, há momentos onde a ambição visual pode tropeçar um pouco, especialmente em áreas de transição ou quando você vê o mesmo tipo de vegetação ou estrutura repetidamente. Mas esses momentos são raros e não diminuem o impacto geral da arte.

Eternal Strands

No final das contas, Eternal Strands é uma jornada que mistura nostalgia com inovação de um jeito que te prende do início ao fim. O gameplay cheio de possibilidades, a direção de arte de tirar o fôlego e uma história que vai te fazendo querer saber mais, tudo isso faz do jogo uma experiência única. Tem seus altos e baixos, claro, mas quando tudo se encaixa, é mágico.

8