Na quinta-feira, dia 18, o Google lançou em São Paulo a Plataforma Napp, criada em colaboração com a Napp Solutions, empresa de Leme (SP), especializada na integração de sistemas para varejo. A proposta é impulsionar a presença online de pequenos e micro varejistas com baixa maturidade digital, oferecendo a eles um website gratuito e acesso a uma gama de aplicativos.
Essa nova ferramenta tem como público-alvo principal os microempresários, especialmente aqueles no setor farmacêutico. A plataforma oferece uma série de benefícios, incluindo visibilidade na “busca” e no “mapas” do Google, entrada no “Google Shopping”, acesso ao “Google Ads” e ao “Business Messages”. Além disso, disponibiliza dicas para impulsionar vendas, comparação de concorrência local, conteúdo educacional e controle automatizado de estoque.
A expectativa de rentabilidade do projeto está na familiarização dos comerciantes com a plataforma e, posteriormente, na utilização do Google Ads. Newton Neto, diretor global de parcerias para a América Latina do Google, destaca que o objetivo é gerar impacto econômico ao aumentar a base de clientes de seus produtos de publicidade.
No contexto brasileiro, a relevância dessa proposta é enorme. Segundo o Google, em 2022, a big tech conectou 396 milhões de vezes empresas e consumidores mensalmente, o que abrangeu 11 milhões de empresas. Além disso, as pequenas e médias empresas (PMEs) representam 30% do PIB, 50% dos empregos formais e 90% dos novos empreendimentos.
Bruno Zenatte, sócio e COO da Napp Solutions, explicou que a ideia é que a Plataforma Napp seja fácil de usar, já que os varejistas enfrentam várias tarefas diárias. Ele destaca a simplicidade de cadastrar e controlar o estoque na plataforma, uma vantagem para os empresários.
Atualmente, há 12 mil farmácias cadastradas na plataforma, de um total de 84 mil operando no Brasil. No entanto, Google e Napp Solutions não planejam expandir a plataforma para outros setores além do farmacêutico até 2024. A escolha das farmácias para iniciar este projeto deve-se ao fato de serem estabelecimentos pouco digitalizados, especialmente quando pertencem a famílias ou são redes regionais.
Fonte: IT Forum