Antes de começar, gostaria de agradecer à equipe da PlayStation Brasil por ter disponibilizado o jogo e possibilitado essa análise.
Helldivers 2 é um jogo de tiro em terceira pessoa com foco no cooperativo, desenvolvido pela Arrowhead Game Studios e publicado pela PlayStation. Durante a análise, vou relatar como foi minha experiência geral com o jogo e fazer algumas observações a respeito da jogabilidade, mecânicas e história.
Já posso adiantar que a história de Helldivers 2 fica em segundo plano, servindo apenas como pano de fundo para justificar o combate. Porém, isso não significa que a história seja rasa. Caso seja da vontade do jogador, o mesmo pode encontrar alguns arquivos e conversar com alguns NPCs que vão dar mais detalhes sobre o universo do jogo.
Para dar um resumo rápido da história, a humanidade avançou ao ponto de a exploração e colonização espacial serem atividades comuns para a humanidade. Porém, os humanos não são os únicos no universo.
Várias raças alienígenas e robôs assassinos povoam os vários mundos que a humanidade tenta colonizar. Então, pessoas passaram a ser recrutadas para fazer parte do esquadrão Helldivers, uma equipe de elite responsável por erradicar qualquer ameaça na galáxia.
Outro ponto bastante interessante que vale ser pontuado é que os próprios jogadores são responsáveis por ditar como vai ser a história no futuro, já que os desenvolvedores optaram por decidir como vão ser as coisas baseado no desempenho dos jogadores nas missões. Ou seja, se uma quantidade grande o bastante de missões falha em um planeta, esse mesmo planeta pode acabar sendo completamente destruído.
Esse é um dos pontos mais fortes do jogo de longe. Além de ter uma jogabilidade bastante agradável, o fator cooperativo é excelente.
Durante o jogo, nós podemos correr, agachar, deitar, escalar objetos e até mesmo realizar um mergulho para alguma direção enquanto atira. Saltar para trás e descarregar sua arma em uma horda de inimigos se aproximando é simplesmente épico e faz você se sentir participando de um filme de ação.
Existe uma variedade até que interessante de armas: rifles de assalto, submetralhadoras, revólveres, escopetas, etc. Algumas dessas armas possuem características especiais, como, por exemplo, uma arma que eu estava utilizando que possuía dano de fogo, além do próprio dano da arma.
Antes de entrar nas missões, podemos escolher até 4 estratégias, que funcionam como se fossem as habilidades do seu personagem. Novas estratégias são desbloqueadas conforme subimos de nível, e para comprá-las utilizamos recursos adquiridos durante as missões.
A parte interessante dessas estratégias é que, para serem ativadas, o jogador deve executar uma série de comandos para liberar o uso da habilidade. E fazer esses comandos no meio de uma luta dá um certo desespero, já que o personagem fica parado durante a execução dos comandos.
Uma dica que recebi por parte de um dos amigos que me acompanhava foi mudar, nas opções, os botões que eram utilizados na execução dos comandos, já que, por padrão, eles são os mesmos botões que movimentavam o personagem. Fazer isso me permitiu continuar me movendo enquanto ainda preparava minhas habilidades.
É possível mudar a armadura do personagem, e cada armadura tem algumas diferenças sutis em questão de defesa e mobilidade. Já o capacete é completamente cosmético, então pode escolher o que te agradar mais.
Cada missão possui um objetivo principal. Porém, para cumprir esse objetivo, antes é necessário fazer alguns outros objetivos menores. Um exemplo disso seria a missão para disparar um míssil nuclear. Para disparar esse míssil, é necessário primeiro conseguir os códigos de lançamento e só então ir ao local de lançamento para ativar o míssil e depois proteger a área dos inimigos.
Após cumprir o objetivo principal, os jogadores podem optar por explorar mais a área e conseguir mais recursos, ou ir direto para a área de extração e terminar a missão.
Quanto mais tempo ficamos no planeta, mais inimigos aparecem, então é bom saber medir os riscos.
A forma de conseguir novas armas e armaduras é através de um sistema que funciona semelhante a um passe de batalha visto em outros jogos. Porém, aqui você pode optar por comprar com dinheiro real, mas também tem a opção de conseguir a moeda usada na compra durante as missões. Dentro de cada passe também existem itens cosméticos, como gestos e capas para o personagem.
O mapa de cada missão é gerado de maneira procedural, ou seja, cada missão vai ter um mapa diferente e dificilmente você vai encontrar um que seja igual ao outro.
No geral, tudo parece um gigantesco campo de guerra, com crateras pra todo lado e várias bases e instalações militares destruídas. Porém, a variedade de cenários possíveis é bem grande. Alguns planetas têm um clima mais desértico cheio de rochas, alguns têm neve e outros possuem florestas mais densas.
Por mais que não seja muito presente, a trilha sonora ainda é bastante memorável, principalmente a música que toca durante a entrada nas missões, música essa que praticamente se tornou a marca registrada desse jogo.
Na parte de gráfico, o jogo está lindo. Cada mapa tem um nível de detalhes muito bom e não peca em nada. Já nos personagens que ficam na nave, é visível que eles foram menos trabalhados. Os rostos têm uma textura um pouco estranha para os padrões atuais, mas nada que estrague a experiência.
Nos momentos mais frenéticos do combate, as partículas de explosões e poeira juntamente com a excelente mixagem sonora dos tiros e rugidos das criaturas aumentam muito a imersão.
No geral, a otimização está ótima. Em nenhum momento tive problemas com quedas bruscas de fps ou travamentos, mesmo nos momentos de maior caos, a taxa de quadros se manteve estável.
No fim, esse foi um dos melhores jogos que tive o prazer de jogar este ano, e definitivamente recomendo que qualquer um que tiver a oportunidade experimente o jogo. Até mesmo aquelas pessoas que não possuem muito tempo livre podem aproveitar, já que ele não exige muito tempo de farm para progredir. É apenas ligar o videogame ou PC e jogar.
