Elon Musk, o controverso proprietário do Twitter, realizou uma façanha inimaginável: revigorou a imagem de Mark Zuckerberg, cofundador do Facebook, no palco do Vale do Silício. Esta reviravolta inesperada foi destaque no jornal The Wall Street Journal.
A mudança na dinâmica ficou evidente quando milhões de usuários insatisfeitos com a turbulência no Twitter migraram para o Threads, a resposta de Zuckerberg ao Twitter de Musk. O Threads viu um fluxo de usuários exaustos pelo caos e, por vezes, pela crueldade evidentes na rede social sob a gestão de Musk, apesar das preocupações habituais de privacidade associadas aos sites da Meta Platforms.
Zuckerberg, durante anos, foi considerado o vilão público, especialmente por permitir que informações pessoais de usuários fossem alimentadas em um complexo industrial de dados. Essas ações o fizeram um dos homens mais ricos do mundo, mas também levantaram preocupações profundas sobre a privacidade na era digital.
Na semana passada, Zuckerberg lançou o Threads no meio de uma mudança de política liderada por Musk no Twitter. A nova política limitava o número de postagens que os usuários podiam ler por dia. Isso fez parte de um esforço declarado para reduzir a quantidade de empresas terceirizadas coletando dados de usuários do site.
Uma batalha surgiu entre Musk e Zuckerberg, com mais em jogo do que simplesmente dinheiro. Enquanto a base de usuários do Twitter é uma fração daquelas nas plataformas de Zuckerberg, o Twitter sempre foi influente, sendo a plataforma preferida para jornalistas, políticos e celebridades que moldam a cultura popular e os eventos mundiais.
Aos 39 anos, Zuckerberg lançou o Threads prometendo um “espaço público aberto e amigável”. Apesar de relatos de aplicativos falhando e postagens não carregando, a adesão ao Threads foi considerada bem-sucedida, com Zuckerberg constantemente atualizando os números de inscrições.
Desde que adquiriu o Twitter em outubro, Musk tem tentado defendê-lo como uma praça pública para a liberdade de expressão. No entanto, muitos usuários estão criticando sua gestão e migrando para o Threads, contribuindo para o ressurgimento de Zuckerberg.
Por anos, Musk, agora com 52 anos, tem sido elogiado por sua abordagem audaciosa e por arriscar sua fortuna pessoal para trazer inovações como carros elétricos e viagens espaciais. No entanto, suas recentes travessuras no Twitter levaram muitos usuários a procurar alternativas.
Por outro lado, Zuckerberg tem sido o alvo de memes e críticas por supostas práticas antiéticas e uma série de escândalos, incluindo o da Cambridge Analytica. No entanto, a crise no Twitter de Musk parece ter dado a Zuckerberg a oportunidade de revigorar sua imagem e a de sua empresa.
Apesar dos desafios, as coisas parecem estar melhorando para Zuckerberg e a Meta Platforms. Após cortar milhares de empregos em um “ano de eficiência”, a empresa viu melhorias em seu negócio de publicidade e reportou seu primeiro aumento de receita em quase um ano. Os investidores recompensaram a Meta Platforms, com as ações mais do que triplicando desde a baixa do ano passado.
No final, o turbulento reinado de Musk no Twitter levou a um renascimento da popularidade de Zuckerberg e ao surgimento de um novo player no cenário das redes sociais: o Threads.
