Microsoft enfrenta oposição em sua proposta de aquisição da Activision Blizzard, com preocupações sobre impacto na concorrência

A possível aquisição da Activision Blizzard pela Microsoft, no valor de 69 bilhões de dólares, tem sido objeto de investigação pela Competition and Markets Authority (CMA) do Reino Unido. A CMA ouviu seis partes terceiras, incluindo concorrentes atuais e potenciais no mercado de jogos para console e serviços de jogos na nuvem. Três dessas empresas expressaram preocupações em relação ao negócio, alegando que ele prejudicaria a concorrência. Essas empresas acreditam que a aquisição daria à Microsoft a capacidade e incentivo para eliminar possíveis e atuais rivais no espaço de jogos.

Embora a identidade das partes terceiras não tenha sido revelada, a Sony manifestou preocupações sobre a aquisição da série Call of Duty pela Microsoft. Fontes da Bloomberg alegam que a Nvidia e o Google também expressaram preocupações sobre o negócio para a US Federal Trade Commission, que moveu uma ação para bloquear a fusão. No entanto, duas empresas não apresentaram preocupações em relação ao negócio, e a outra considerou que ainda é cedo para determinar qual seria o impacto.

Na semana passada, após uma investigação de cinco meses, a CMA afirmou provisoriamente que a fusão poderia reduzir a concorrência e resultar em preços mais altos, menos opções ou menos inovação para os jogadores no Reino Unido. A CMA apresentou várias possíveis soluções estruturais que poderiam permitir a aprovação do negócio, incluindo uma “alienação parcial da Activision Blizzard” que poderia resultar na venda da parte da empresa que lida com o Call of Duty ou até mesmo de toda a unidade de negócios da Activision.

No entanto, a CMA disse que também consideraria soluções comportamentais, como a oferta da Microsoft de disponibilizar o Call of Duty em outras plataformas após a fusão. Ainda assim, a CMA considera que essas soluções são menos favoráveis do que as estruturais, que raramente requerem monitoramento e cumprimento após a implementação. A CMA está convidando respostas de partes interessadas até 22 de fevereiro e respostas às suas descobertas provisórias até 1º de março. O relatório final sobre o negócio está previsto para ser divulgado em 26 de abril.