Jogo disponibilizado pela Warner Play

Apesar do polêmico lançamento em setembro do ano passado, Mortal Kombat 1 se tornou um dos meus favoritos da franquia, pois expandiu a série para novas possibilidades, mesmo com sua execução confusa. Um ano após o lançamento original, tivemos a primeira expansão de história, Reina o Kaos, e a Warner Bros. Games nos deu a oportunidade de experimentar essa continuação. Confira abaixo nossa análise deste “Kaos” inserido em Mortal Kombat 1.

História

A expansão continua diretamente de onde parou a história do jogo base. Logo no início, somos apresentados a duas “novas” personagens, Cyrax e Sektor, que foram totalmente remodeladas para a nova era de Liu Kang. Nesta versão, eles não são mais ciborgues Lin Kuei, mas sim ninjas Lin Kuei com armaduras no estilo “Homem de Ferro”.

Começamos a expansão jogando com Cyrax, que está em treinamento com Sektor. Ela questiona as recentes decisões do Grão-Mestre dos Lin Kuei, Sub-Zero, que acusa seu irmão Kuai Liang (Scorpion) de ter traído o clã. A trama nos leva ao casamento de Kuai Liang e Harumi, que é interrompido por uma invasão dos Lin Kuei. O confronto entre os Shirai Ryu e os Lin Kuei se desenrola em uma batalha feroz para proteger Scorpion e sua esposa de Sub-Zero, Sektor e Cyrax. Durante o embate, Cyrax descobre que foi enganada por Sub-Zero e Sektor o tempo todo.

Sub-Zero e Sektor são levados a julgamento, mas Havik, em sua versão titã, interrompe o evento ao sequestrar Geras. Sua intenção é espalhar o caos em todas as linhas do tempo. Bi-Han, em um impulso, vai atrás de Havik, formando uma nova aliança entre Scorpion, Cyrax e Sektor. Juntos, eles viajam para a linha do tempo do Kaos para resgatar Geras e Sub-Zero.

Toda a história da expansão se passa nessa dimensão distorcida, governada por Havik, que cria uma espécie de torneio Mortal Kombat à sua imagem para entreter a si mesmo e suas variantes. Nessa nova realidade, encontramos variantes de Johnny Cage, Tanya e Rain, com o foco em Tanya e Rain, que são imperadores desse universo tomado por Havik. A trama nos leva por um labirinto no estilo Jogos Mortais, onde enfrentamos diversas variantes caóticas de personagens do jogo. No entanto, essas variantes punk não adicionam muito à história, servindo apenas para preenchê-la.

Em meio a tudo isso, encontramos uma versão corrompida de Sub-Zero (Noob Saibot), cuja apresentação foi decepcionante comparada a outros vilões da saga. Reintroduzir Noob Saibot parece um desperdício, já que, após anos esperando o retorno de Bi-Han como Sub-Zero, seu destino segue previsível. Noob Saibot é derrotado, Geras é salvo, e todos retornam ao plano terreno. Com a ajuda de Liu Kang, Sub-Zero recupera o controle de sua mente. Enquanto isso, Havik e seu exército de versões corrompidas marcham para o universo de Liu Kang, culminando em uma releitura do capítulo 13 de Mortal Kombat 1, onde vemos Havik tentando fundir os reinos. No fim, Noob derrota Havik, e a DLC se encerra com os Lin Kuei sendo perdoados por Mileena, Liu Kang prometendo curar Sub-Zero, e Cyrax sendo perdoada por Scorpion e se unindo aos Shirai Ryu.

Opinião

A expansão tem um início promissor e boas ideias, mas acaba se concentrando demais em Sektor e Sub-Zero, deixando de explorar outras partes que poderiam ser interessantes. Por exemplo, Johnny Cage menciona a Major Blade de seu universo, algo não visto no jogo base, e seria interessante explorar Kenshi e Takeda do universo do Kaos, mantendo a relação de pai e filho como em MKX e MK11.

A história dá a sensação de estar incompleta, como se houvesse mais um capítulo a ser contado. Além disso, a luta de Noob contra Havik parece ter enfraquecido a construção do vilão, tornando-o apenas mais um antagonista qualquer.

Passe de Personagem

Um ponto positivo é a adição de três personagens logo de início com o passe de personagem, liberando Cyrax, Sektor e Noob Saibot como jogáveis, além de diversos conteúdos de personalização. Cada personagem foi bem balanceado, sem ser muito apelão ou fraco em relação às versões anteriores. Sektor, em especial, se destaca pela facilidade de execução de combos e especiais.

Atualizações Gerais

Outro ponto positivo das atualizações é a liberação das cutscenes e animações de fatalities a 60 FPS, além da inclusão do FSR 3, que se mostra superior ao FSR 2. Infelizmente, a ausência de um gerador de quadros ainda é uma falha, mas o ganho de qualidade em comparação à versão anterior já é um bom avanço.

Mortal Kombat 1: Reina o Kaos

Apesar da história não ser tão satisfatória quanto a do jogo base, Mortal Kombat 1: Reina o Kaos trouxe boas adições, como uma continuação da trama e novos personagens jogáveis. Embora não seja a expansão que muitos esperavam, é gratificante ver o universo de Liu Kang sendo expandido.

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