Samsung até quer, mas provavelmente não trocará Google por Bing turbinado com ChatGPT

Aos felizes proprietários dos smartphones da Samsung, entusiasmados com os rumores da possibilidade da troca do mecanismo de buscas dos aparelhos da marca, uma notícia desanimadora: aparentemente não tão cedo a multinacional sul-coreana poderá se desvincular do acordo umbilical com o Google, o que, em tese, afasta, por hora ao menos, a possibilidade de a empresa adotar o Bing turbinado com o ChatGPT.

A informação do impedimento de eventual acordo da Samsung com a Microsoft foi publicada hoje pelo portal especializado Pplware, em citação a dados tornados públicos no Twitter por Andreas Proschofsky, identificado no perfil como editor com foco em Linux, Android e segurança de TI.

Ao que tudo indica a restrição é meramente legal, com fundamento no acordo para acesso ao Android que a fabricante mantém com a Alphabet Inc., holding proprietária do Google. O “contrato de distribuição de aplicativos móveis” Android, o “Mobile Application Distribution Agreement” (MADA, da sigla original em inglês), determinaria que, para acesso ao sistema e todos os serviços do conglomerado que, até então, lidera as buscas na internet, a marca sul-coreana precisa cumprir uma série de regras e condições, dentre estas, a utilização obrigatória do motor de buscas do Google nos smartphones.

Como não se trata de algo que possa ser alterado facilmente, a Samsung estaria amarrada ao acordo comercial. Há, no entanto, alguma esperança para os entusiastas da inteligência artificial (IA) desenvolvida pela OpenAI. Como bem lembram ambas as publicações, em alguns mercados, como a Europa e a Índia, o mecanismo de pesquisa utilizado é escolhido pelo próprio dono do aparelho no momento do primeiro acesso, por força da imposição de normas reguladoras. Para estes, a decisão será, portanto, uma opção livre. Outro ponto que merece nota no episódio é que, desde o advento da notícia do interesse da Samsung em migrar para o motor de pesquisa do Bing, as ações do Google, como informado, tiveram queda no mercado, sendo negociadas em um percentual de 2% abaixo do considerado normal. Ao que parece, como já publicado aqui no Safe Zone Games, não é somente para trabalhadores de dezenas de profissões que o ChatGPT representa um enorme motivo de apreensão.

Fontes: PPLWARE, TechTudo, Suka_Hiroaki