Senador dos EUA pede que CEO da Sony revele acordos de exclusividade do PlayStation

O senador americano Kevin Cramer acusa a Sony de comportamento anti-competitivo e enviou uma carta aberta ao CEO da empresa, Kenichiro Yoshida, solicitando informações sobre os acordos de exclusividade de jogos da PlayStation. A preocupação é com a dominação de mercado da Sony e com a exclusão de concorrentes, prejudicando a escolha de jogadores e desenvolvedores.

Cramer, que representa o estado de Dakota do Norte, argumenta que a posição da Sony no mercado de consoles de jogos pode prejudicar o desenvolvimento econômico de seu estado, que tem trabalhado em uma estratégia para liderar a nação em educação em ciência da computação e cibersegurança, incluindo preparação de estudantes para carreiras na indústria de jogos.

O senador pede à Sony cópias não editadas de acordos exclusivos, acordos que impeçam terceiros de lançar jogos em outras plataformas, documentos internos que descrevam a estratégia para aquisição da Bungie e correspondência com agências governamentais ou reguladoras relacionadas à concorrência de jogos.

Essa não é a primeira vez que a Sony é alvo de críticas por práticas anticompetitivas. No mês passado, quatro membros do Congresso dos EUA, do partido Republicano, e seis membros do partido Democrata, acusaram a empresa de fazer acordos de exclusividade com editoras de terceiros para evitar que a concorrente Xbox ganhasse espaço no mercado japonês.

Entre os exemplos citados de acordos de exclusividade da Sony estão títulos de editoras japonesas como Square Enix, responsável por Final Fantasy VII Remake e Final Fantasy XVI, e a Capcom, responsável por Street Fighter V, exclusivo do PlayStation 4 e PC.

A Microsoft já confirmou que sua equipe de assuntos governamentais discutiu o comportamento da Sony com membros do Congresso, o que pode explicar a intensificação das acusações políticas contra a empresa japonesa.

Embora a Sony ainda não tenha respondido à carta de Cramer, espera-se que a empresa forneça informações sobre seus acordos de exclusividade e sobre suas práticas de negócios para responder as acusações de práticas anticompetitivas.