Jogo disponibilizado por JF Games PR

Shogun Showdown é um jogo de combate baseado em turnos com elementos roguelike e de construção de baralho. É um indie de plataforma com muita personalidade, tanta personalidade que isso talvez tenha sido o ponto mais confuso do jogo para mim. É ruim? Não, longe disso, mas ele é peculiar demais até para poder dizer o que ele é.

Primeiras impressões

Talvez eu devesse começar essa review por onde as reviews começam. Mas a verdade é que este jogo é diferente, diferente até demais, e talvez isso me impeça de fazer um julgamento que esteja de acordo com o que ele é ou tenta ser.

O fato é que “Shogun Showdown” é um indie de plataforma com muita personalidade, tanta personalidade que isso talvez tenha sido o ponto mais confuso do jogo para mim. É ruim? Não, longe disso, mas ele é peculiar demais até para poder dizer o que ele é.

Na verdade, “Shogun Showdown” é bom de um jeito diferente, é isso.

Segundo a descrição do jogo na Steam, “Shogun Showdown” é um jogo de combate baseado em turnos com elementos roguelike e de construção de baralho. Eu já tenho dificuldade de dizer se ele é exatamente isso, pois ele possui tantos elementos durante o combate que ele acaba englobando muitas coisas ao mesmo tempo.

Jogabilidade

É aqui que o jogo começa a ficar confuso, quase como se fosse um “tudo em todo lugar ao mesmo tempo” dos video games. Ele mistura elementos de jogo de turno, porém foge dos jogos de turno habituais, ao mesmo tempo que insere mecânicas de cartas e roguelike, e ao mesmo tempo que também não é convencional principalmente em seu movimento.

Você deve mover o personagem pelos blocos disponíveis, veja, o cenário não é livre. Ao mesmo tempo, você deve se manter em movimento entre os blocos quando está sendo atacado, e, selecionar suas cartas de ataque enquanto se movimenta para atacar, usando o “X” quando chegar sua vez. É ai que fica confuso, para se mover entre os blocos você deve usar “RT” E “LT”. Para virar o seu personagem em direção ao inimigo você deve apertar o “Y”, para selecionar as cartas com as skills de ataque você deve usar o “A” e para atacar, o “X”. Junte essa movimentação a um cenário movido por ondas de ataques “Waves” e você terá uma combinação frenética. São necessárias algumas fases e mortes até você entender essa mecânica de movimentação para poder começar a se inteirar do jogo.

Porém todo frenesi de combate se torna satisfatório e torna  o jogo desafiador, te deixando com gana de vencer e te fazendo comemorar quase como se fosse um gol em copa do mundo, a cada cenário vencido, e é aqui que toda confusão da gameplay pode fazer sentido e transformar esse jogo em um pequeno sucesso dentro das plataformas atuais.

No menu do jogo é possível ver seu progresso e suas conquistas de novas habilidades, para modificar os ataques e defesas do seu personagem e seguir em sua jornada até derrotar o Shogun. Também é possível acessar a loja para a compra de itens e acompanhar seu progresso e suas conquistas dentro do jogo.

Direção de arte

O jogo bebe da fonte dos famosos jogos de megadrive e super nintendo, ao mesmo tempo que adiciona sua própria personalidade em elementos visuais de pixel art com a composição perfeita entre cores e cenários. A nostalgia bate forte e de primeira e nisso o jogo é muito bom. O cenário é convidativo, quase que como se suas memórias afetivas da infância te chamassem para uma última dança em uma aventura vintage revigorada.

A trilha sonora é bem balanceada entre te fazer sentir em um jogo desse escopo ao mesmo tempo que é convidativa e não cansa durante o jogo. Não é nada que seja extremamente épico mas não incomoda e cumpre bem o seu papel. Por vezes em alguns jogos, uma trilha sonora mal balanceada e fora de ritmo com o jogo pode causar uma experiência ruim, o que não é o caso aqui.

Shogun Showdown

Devo dizer que esse os devs fizeram uma escolha perigosa ao juntar tantos elementos de pequenos nichos em um só jogo, jogos de turno, roguelike e de baralho não costumam estar entre os preferidos da galera, mas talvez toda essa feijoada de gameplay é o que faça a diferença aqui. No meio da confusão o jogo te diverte e te desafia, e isso é o ponto alto que pode fazer a diferença.

Vale salientar que o jogo precisa de acabamento, falta intuição no menu para você saber por exemplo, como sair para área de trabalho, ou como voltar do menu da loja para o menu principal do jogo.

Se eu pudesse dar uma nota, eu diria que esse jogo é 7,5. Na minha avaliação isso é muito bom, tendo em vista todos esses aspectos técnicos.

7,5