A busca por uma vida longa e saudável sempre esteve em voga. Mas o que muitos desconhecem é que o sono, um ato tão simples e rotineiro, pode ter impactos profundos em nossa longevidade. Esse é o argumento apresentado pelo americano Neil Paulvin, médico especialista em longevidade, citado em uma recente publicação da CNBC.
Embora ainda haja muito a desvendar sobre o processo de envelhecimento, sabemos que ele se divide em duas categorias principais: intrínseco, ligado aos nossos genes, e extrínseco, relacionado ao nosso estilo de vida. E é neste último ponto que entra a questão do sono.
“O envelhecimento intrínseco é inevitável, mas podemos exercer um controle considerável sobre o envelhecimento extrínseco”, explica Paulvin. Ele destaca que a má qualidade do sono é, surpreendentemente, o erro número “1” que pode acelerar nosso envelhecimento.
O motivo? Em nossa sociedade moderna e agitada, é comum sacrificarmos o sono, seja voluntariamente ou por demandas da rotina. No entanto, as consequências dessa escolha podem ser mais sérias do que imaginamos. Um sono de qualidade, que dura de sete a oito horas por noite, desempenha um papel crucial na reparação celular, no aprimoramento da função cognitiva, no fortalecimento da imunidade e no equilíbrio do nosso metabolismo.
A lista de problemas de saúde associados à deficiência de sono é longa, abrangendo desde hipertensão e depressão até obesidade e doenças cardíacas. Mas os efeitos estéticos e cognitivos também são preocupantes.
“O sono insuficiente pode prejudicar a qualidade do colágeno e da elastina, duas proteínas fundamentais para a firmeza da nossa pele”, ressalta o médico. Este comprometimento pode resultar em rugas precoces e flacidez da pele. A nível cognitivo, a falta de sono afeta nossa capacidade de processar informações, reduz nossa atenção e pode até levar a problemas de memória e doenças como Alzheimer a longo prazo.
O sistema imunológico, nosso escudo contra patógenos, também é profundamente afetado. “Durante o sono, nosso corpo produz células que combatem doenças. Se você não está dormindo o suficiente, essa linha de defesa pode ser comprometida”, alerta o Dr. Paulvin.
Felizmente, nem tudo são más notícias. Existem estratégias simples para melhorar a qualidade do sono. Desde estabelecer uma rotina consistente e limitar a exposição à luz azul antes de dormir, até investir em um ambiente propício para o descanso. Pequenas mudanças que podem ter um impacto significativo em nossa saúde e longevidade.
Ao final, a mensagem do médico é clara e valiosa: para otimizar nossa saúde e retardar o relógio biológico, precisamos dar ao sono a importância que ele realmente merece.