Antes de começar, gostaria de agradecer à equipe da Ubisoft por ter nos enviado o jogo de maneira antecipada e possibilitado esta análise.
The Rogue Prince of Persia é um jogo no estilo Rogue-like ambientado no universo de Prince of Persia, desenvolvido pela Evil Empire e publicado pela Ubisoft.
Pelo fato desta análise ter sido feita com base em uma versão antecipada do jogo, algumas coisas podem ser diferentes no seu lançamento.
Apesar de ser simples, a gameplay consegue entregar um nível de complexidade bem interessante, já que, além das mecânicas básicas de jogos side-scroller, outras mecânicas típicas dos jogos da saga foram implementadas.
Como um bom jogo ao estilo Rogue-like, o nível de dificuldade está um pouco acima dos jogos padrões, mas não é nada impossível. À medida que o jogador avança, além de encontrar novas armas, também haverá alguns upgrades que darão habilidades únicas dependendo da raridade. Caso o jogador morra, todos os itens, armas e upgrades que ele encontrou serão perdidos, e ele será levado de volta ao início.
Durante a jornada, alguns inimigos vão deixar cair um material especial que não é perdido caso o jogador morra. No entanto, é necessário depositar esse material em um altar, e caso o depósito tenha sido efetuado com sucesso, o jogador poderá criar novas armas e itens para facilitar as próximas tentativas.
Existe uma boa quantidade de armas, variando em dano e velocidade de ataque. Cada uma delas possui um combo de três ataques e um ataque carregado que causa muito dano, porém, deixa o personagem exposto. Armas de longo alcance também estão presentes, mas estas necessitam de uma barra especial que fica abaixo da vida para serem utilizadas. Usando o arco e flecha como exemplo, cada disparo consome uma parte dessa barra, e para carregá-la é preciso causar dano aos inimigos.
Outro ataque que pode ser executado é o chute, que serve tanto para afastar inimigos quanto para atordoá-los. Se o chute empurrar o inimigo na parede ou até em outro inimigo, ambos ficam atordoados. É bom mencionar que alguns inimigos possuem uma barra azul que representa uma espécie de armadura, sendo preciso causar dano até que essa barra acabe e ele fique exposto ao atordoamento.
Boa parte do que tornou a saga Prince of Persia famosa foi sua mecânica de parkour, aqui implementada de maneira interessante. Podemos escalar tanto as paredes que estão na nossa frente quanto aquelas que estão no fundo do cenário. Existem várias áreas com armadilhas de espinhos ou serras que causam muito dano, então o jogador terá que ficar atento e dominar muito bem o controle do personagem durante essas etapas.
A história não é o foco, então ela serve mais como um complemento para justificar os acontecimentos do que para manter o jogador curioso sobre o que vai acontecer.
Durante o jogo, controlamos o Príncipe da Pérsia, que ao mesmo tempo em que tenta repelir um ataque dos povos Hunos, tenta salvar a população do massacre. Para ajudar na jornada, o Príncipe tem em sua posse uma relíquia mágica capaz de voltar no tempo (relíquia essa que é marca registrada da saga, e está presente em todos os outros jogos), e com isso ele parte para derrotar quem está por trás do ataque.
Boa parte do cenário é bastante colorida e cheia de vida, além de a estética no estilo gibi deixar tudo mais estilizado, dando uma cara única ao jogo.
A cada nova tentativa, o mapa muda sua estrutura, mas segue sempre a estética da área em questão.
A trilha sonora é um ponto bastante forte, com músicas que remetem bem à região em que o jogo se passa, tornando as lutas bem empolgantes durante o combate. É válido dar um destaque especial à música do menu e do primeiro chefe.
Em matéria de gráficos, o jogo entrega o que se propõe a ser: um jogo mais simples, com uma estética mais artística do que realista. Dito isso, estou bastante satisfeito com a qualidade gráfica do jogo. Porém, é bom ressaltar a repetição exagerada de alguns elementos do cenário, como espinhos, gravuras na parede e algumas pedras e arbustos.
Na questão da otimização, não tive nenhum problema. Por ser um jogo simples, ele acaba ficando leve, então a grande maioria dos PCs conseguirá rodá-lo.
