Threads: novo gigante das redes sociais ameaça o Twitter?

Instagram lança Threads, aplicativo de conversas públicas que promete revolucionar as redes sociais e desafiar o Twitter

O mundo das redes sociais foi abalado com o lançamento do Threads, um novo aplicativo apresentado pelo Instagram como uma plataforma para conversas públicas. O aplicativo, que é apelidado de “Twitter Killer”, foi revelado nesta quarta-feira (05), tem lançamento previsto para hoje (06) e já está causando um grande burburinho.

O Threads é um complemento do Instagram, a popular rede de compartilhamento de fotos que faz parte da empresa Meta, anteriormente conhecida como Facebook. O aplicativo permite que os usuários tenham conversas públicas em tempo real e é visto como uma resposta direta ao Twitter.

Mark Zuckerberg, CEO da Meta, tem grandes ambições para o Threads. Em uma postagem no aplicativo, ele afirmou que o Twitter teve a oportunidade de alcançar um bilhão de usuários, mas não conseguiu. Ele expressou esperança de que o Threads possa alcançar esse marco. Surpreendentemente, o aplicativo alcançou 10 milhões de inscrições apenas sete horas após seu lançamento.

O lançamento do Threads também intensifica a rivalidade entre Zuckerberg e Elon Musk, que adquiriu o Twitter no ano passado. Musk tem feito mudanças significativas no Twitter, incluindo alterações no algoritmo e limites na quantidade de tweets que os usuários podem ler, o que gerou controvérsias. Algumas destas mudanças, inclusive, já teriam sido desfeitas ainda ontem, com o vazamento do lançamento do novo concorrente.

O Threads tem uma vantagem significativa, pois é apoiado pela enorme base de usuários do Instagram, que conta com mais de dois bilhões de usuários ativos mensais em todo o mundo, além do suporte financeiro da Meta.

Threads - Twitter - Instagram - Meta - Facebook

Para se inscrever no Threads, os usuários precisam ter uma conta no Instagram. O identificador do Instagram de um usuário também será usado como nome de usuário no Threads. Além disso, os usuários podem importar diretamente a lista de pessoas que seguem no Instagram para o Threads.

Em termos de funcionalidade, o Threads é semelhante ao Twitter, pois permite que os usuários postem mensagens baseadas em texto em um feed de rolagem. No entanto, uma diferença notável é que o Threads atualmente não suporta mensagens diretas, um recurso popular no Twitter.

Adam Mosseri, chefe do Instagram, explicou que o Threads foi criado como um aplicativo separado para evitar sobrecarregar o aplicativo Instagram existente. Ele mencionou que a ideia era criar um espaço aberto e amigável para as comunidades. A decisão de desenvolver um novo aplicativo foi impulsionada pelas mudanças recentes no Twitter e pela oportunidade de inovar no espaço das redes sociais.

Adam Mosseri - Instagram - Meta
Adam Mosseri, chefe do Instagram / Reprodução

A Meta, empresa-mãe do Instagram, tem um histórico de competir com outras redes sociais, muitas vezes incorporando recursos semelhantes aos de seus concorrentes. O lançamento do Threads é visto como mais um passo nessa direção, com o objetivo de conquistar uma fatia do mercado dominado pelo Twitter.

Elon Musk, por sua vez, não pareceu impressionado com o Threads e afirmou ter cancelado sua conta no Instagram. Ele expressou preferência pelo Twitter, mesmo com suas imperfeições, em um tweet que critica a “falsa felicidade” que ele acredita ser prevalente no Instagram.

O Threads está disponível para download gratuito na App Store da Apple e na Google Play Store nos Estados Unidos e em cerca de 100 outros países, inclusive no Brasil. No entanto, o aplicativo não estará inicialmente disponível na União Europeia devido à nova legislação que limita como as empresas de tecnologia compartilham dados entre serviços.

Em conclusão, o Threads surge como um novo jogador no cenário das redes sociais com o potencial de desafiar o Twitter. Com o apoio da Meta e uma integração estreita com o Instagram, o aplicativo tem os recursos para se tornar uma força significativa. No entanto, apenas o tempo dirá se ele conseguirá cumprir suas ambições e se tornar o “assassino do Twitter” que seus criadores esperam que seja.

Fonte: The New York Times