Gostaria de agradecer à equipe da Bandai Namco Brasil por ter enviado o jogo e possibilitado esta análise.
Bleach: Rebirth Of Souls é um jogo de luta ambientado no universo do anime/manga de mesmo nome. Seguindo o modelo de luta “Arena Fighters”, semelhante a jogos como a saga Naruto Ultimate Ninja Storm ou o mais recente Dragon Ball Sparking Zero.
De maneira geral Bleach nunca teve adaptações em jogos de destaque, a grande maioria delas ou estava restrita exclusivamente ao público Japonês, ou haviam sido lançadas em dispositivos portáteis com pouca relevância, diminuindo muito seu alcance. Bleach: Rebirth Of Souls já pode ser considerado o jogo mais popular de Bleach, isso até mesmo antes do seu lançamento, a questão agora é saber se ele está à altura da obra original.
História
Confesso que não esperava muito da campanha, já que minha última experiência foi com o já mencionado Dragon Ball Sparking Zero, que teve uma campanha bem decepcionante. Felizmente, esse não é o caso aqui. A campanha principal resume os eventos mostrados no anime, desde o arco “O Substituto” até o arco “Arrancar: A Queda”.
Minha experiência no geral foi bem positiva. As cutscenes e diálogos não são nada impressionantes, mas pelo menos não são apenas quadros estáticos com diálogos escritos. Já faz anos desde a última vez que assisti ao anime, e ver de maneira resumida os eventos principais foi uma experiência surpreendentemente satisfatória.
Combate

Minha experiência em relação ao combate foi mista. Por um lado, ela é bem satisfatória e empolgante, com movimentos rápidos e combos simples de executar, mas que ainda assim têm certo nível de complexidade se combinados a outras habilidades. Por outro lado, senti que algumas ações ou situações eram desnecessariamente mais lentas do que deveriam, deixando as lutas mais lentas do que o necessário.
Diferente de jogos de luta comuns, em Bleach: Rebirth Of Souls os personagens possuem 2 barras de vida separadas, chamadas de “Partículas Espirituais” e “Konpakus”.
As partículas funcionam como a vida em outros jogos: o personagem ataca e essa barra vai diminuindo. A diferença está no fato de que, quando ela acaba, o personagem não é derrotado. Em vez disso, o adversário vai automaticamente usar uma técnica kikon, que funciona como se fosse um ultimate, e somente esse tipo de ataque pode drenar as Konpakus do oponente. E essas sim funcionam como a vida de fato: quando o número de Konpakus chega a zero, a luta acaba.
Trilha Sonora Impressionante
Bleach: Rebirth Of Souls possui uma trilha sonora original digna de aplausos. A grande maioria das músicas é excelente e eleva muito o nível de empolgação durante alguns combates. Até mesmo algumas músicas no menu principal têm uma qualidade acima da média.
Os estilos das músicas são bem variados, indo desde instrumentais simples até músicas épicas com um coral de fundo acompanhando a melodia. Destaco a música “Crimson Sky”, que com certeza vai entrar para minha playlist pessoal.
Otimização e Gráficos
Os gráficos, de modo geral, são muito bonitos, tanto os efeitos de partículas dos ataques quanto a modelagem e expressões faciais dos personagens.
Infelizmente, a otimização não está das melhores. Mesmo no menu, a taxa de quadros varia bastante, sem contar os ocasionais crashes e travamentos durante as batalhas.

Lançamento Desastroso

Infelizmente, Bleach: Rebirth Of Souls teve um dos piores lançamentos que já vi na minha vida no PC. Não dava para fazer absolutamente nada no jogo sem ele travar; o único modo em que era possível jogar alguma coisa era o tutorial inicial, e mesmo assim, na metade dele, o jogo bugava, a tela ficava branca e só dava para ouvir os personagens se movimentando.
Mesmo depois de esses problemas terem sido corrigidos com um patch dois dias após o lançamento, simplesmente não dá para ignorar o quão desrespeitoso isso foi para os jogadores de PC, visto que esse problema não aconteceu nos consoles.
Lamentavelmente, tem virado um padrão as versões de console virem mais polidas e com menos problemas em relação às versões de PC.
BLEACH Rebirth of Souls
Bleach: Rebirth Of Souls tem seus altos e baixos. O combate é um pouco mais lento do que deveria e, depois de algumas horas, acaba ficando um pouco enjoativo, mas não deixa de ser divertido.
A trilha sonora é incrível e acredito que o modo história vai agradar àqueles que, assim como eu, assistiram ao anime há muito tempo e já se esqueceram de boa parte dos eventos iniciais.
Para quem é fã, Bleach: Rebirth Of Souls é um título praticamente obrigatório. Já para aqueles que não estão familiarizados com Bleach ou que estão mais acostumados com outros tipos de jogos de luta, talvez valha a pena pensar um pouco antes de adquirir o jogo.