DRUIDAS: DOS CELTAS À DIABLO IMMORTAL | HISTÓRIA & GAMES

Druida chega ao Diablo Immortal! Saiba tudo sobre seu legado na franquia

DRUIDAS: DOS CELTAS À DIABLO IMMORTAL | HISTÓRIA & GAMES

“Em uma época fixa do ano os druidas se reúnem em um lugar sagrado no centro da Gália. Qualquer um, com uma queixa, acompanha e obedece às decisões e julgamentos que os druidas dão.” Este é o relato de Júlio Cesar, lá do ano 54 a.C. Júlio César, não é só um cara muito velho, mas uma das figuras mais importantes de Roma na Antiguidade e um dos mais importantes historiadores que já viveram.

Mas se você achou que eu estava falando de um personagem mitológico ou de RPG, você também achou certo… Afinal de contas, todo mundo que curte cultura nerd, já ouviu falar dos guardiões da floresta, que se transformam em animais para defender a natureza e a ordem natural das coisas. E uma das mídias aonde os druidas foram tratados com maior carinho é na franquia Diablo, a qual eu sou um fã irremediável, desde adolescente.

O Druida em Diablo é parente do Bárbaro, está em comunhão com a natureza e pode se transformar em diversos animais. E justamente na data de hoje, a Blizzard acaba de anunciar o lançamento do Druida, como nova classe gratuita para Diablo Immortal. A Blizzard nos permitiu testar a classe em antecipado e, através de uma parceria incrível com a Safezone, o História & Games traz para vocês um ensaio carinhoso sobre a história real dos Druidas, sua história na lore de Diablo e as novidades da nova classe, que acabou de sair para Diablo Immortal.

Eu sou o Fauno do História & Games, muito obrigado Blizzard, por ter realizado o sonho de um fã da franquia e eu espero que vocês gostem dessa prosa toda.

HISTÓRIA DOS DRUIDAS

Quem foram os druidas de verdade? Eles se tornavam animais, comungavam com a natureza, cuidavam da floresta e dos animais e eram invocadores natos? Bom, não é bem assim…

Antes da gente entrar nesse tema, é muito importante dizer que muito do que os historiadores conhecem como cultura e sociedade celta, são baseados somente em vestígios arqueológicos ou com base no que outros povos escreviam sobre eles. Isso acontecia, porque temos poucos vestígios e provas reais de sua escrita, de forma que coube aos romanos, caracterizar eles pela primeira vez e deixar tudo isso escrito e registrado. O problema? É que os romanos não viam a cultura e principalmente a religião celta como dignas de atenção e acabaram carregando seus manuscritos com muitos preconceitos contra o povo celta. Mas, como para toda a regra, existe uma exceção, não faltam relatos romanos que se impressionavam com a proeza e eficiência militar do povo celta.

Acredita-se, que no seu auge, o povo celta tenha se expandido do que é hoje a região da Bulgária até Portugal e o norte da Escócia, no século 3 a.C., sendo a Gália, o que é hoje a França, o centro de toda a cultura Celta. No entanto, com o avanço do Império Romano sobre os Celtas, a cultura foi cooptada e o povo convertido para o cristianismo romano, de forma que a cultura Celta foi se perdendo com o passar do tempo. Só que a cultura sobreviveu em outros lugares. No oeste da França, na Cornualha e principalmente na Escócia e na Irlanda, a cultura Celta sobreviveu por meio de canções e folclores, que passaram através de muitas gerações e duraram até a Idade Moderna! Na verdade, até hoje em dia, grande parte da cultura Celta se concentra na atual Cornualha e País de Gales, sendo esses os últimos redutos de uma cultura mais do que milenar.

Sempre que eu falo a palavra “Cornualha”, me vem uma conotação muito engraçada na cabeça, mas eu aposto que vocês vão se esfarelar quando eu disser que é nesse contexto que o autor Bernard “Cornualha” CORNWELL escreve as Crônicas do Rei Artur e cria um personagem centenário e antológico: o poderoso mago druida, Merlim.

Os druidas eram considerados na sociedade Celta, grandes sábios e pessoas muito bem instruídas. Essas pessoas, por terem muito estudo, acabavam se dedicando às profissões de médico, curandeiro, legisladores, advogados e clérigos. Importante dizer aqui, que os celtas acreditavam que essas profissões estavam interligadas entre si, então alguém experiente, que conseguisse atuar em todas essas áreas, provavelmente era um druida. Pensa naquele seu amigo que trabalha, está com as contas em dia, não sofre de ansiedade, bebe pouco café, possui vida social e joga muito videogame. O cara tinha que ser especial e ter um título especial, não é? Como os druidas eram muito ligados à natureza e à sociedade humana, eles acreditavam que médicos, legisladores, advogados e líderes religiosos, deveriam ser as mesmas pessoas. Entender de todos esses assuntos para ser um líder espiritual, cultural e governante, permitia que os cargos de liderança fossem exercidos com maestria e comunhão à vontade do povo.

Muito do que consideramos ser um druida no imaginário popular, vêm das fontes históricas romanas. Em seu livro, “Comentários sobre a Guerra Gálica”, Júlio César conta sobre o “ritual do Homem de Vime”, retratado no filme “O Sacrifício” de 2006 e na música “Wicker Man” do Iron Maiden, no qual sacrifícios humanos são feitos dentro de um gigante homem de vime. Júlio César, descreve o ato como bárbaro e demoníaco, deixando na história, a digital do povo Celta como um povo maligno. Mas será que eles faziam isso mesmo? Bom, sim e não. Apesar do julgamento de valor, impresso na história pelo maior dos romanos, os druidas não eram malignos e tinham a cultura do sacrifício humano, assim como vários outros povos ao redor do mundo. Claro, eles não deixavam de ter a cultura do sacrifício e registros históricos celtas, permitem concluir que a cultura tinha rituais de sacrifício, principalmente pela decapitação. Se for pensar bem, nada muito diferente da Idade Média ou de mais um episódio de Game of Thrones, ou seja, não é moralmente aceito hoje em dia, mas já foi um traço cultural comum de muitos povos antigos.

Outra fonte histórica romana importante para construir o imaginário do Druida são os relatos de Plínio, que descreve principalmente o “Ritual do Carvalho e do Visco” como um costume muito difundido entre os clérigos druidas da cultura celta. Olha só! Clérigo Druida! Parece até mesmo o nome de uma classe do Dungeons & Dragons, Baldur’s Gate 3, World of Warcraft e Diablo, não é mesmo? O Ritual do Carvalho e do Visco, consistia em druidas, que subiam em árvores, para retirar o visco ou a seiva das árvores, que geralmente eram o tal carvalho, muito comum no clima temperado da Europa. E não é que até o Tibia tem uma “quest” assim, lá na cidade de Ab’Dendriel? Esse visco, era usado para produzir elixires ou poções, usadas para curar, revigorar, tratar de ferimentos e até para o divertimento, através da mistura de seivas fermentadas ou cristalizadas, que rendiam coquetéis alcoólicos e drogas recreativas. E vale lembrar, viu? Aonde se produz remédio, se produz veneno e muitas das artes medievais da alquimia tiveram sua origem em costumes celtas, que eram considerados “bárbaros” pelos romanos.

Mas de onde vieram os druidas de RPG, que conversam com os animais, batem palma para o sol, abraçam árvores, transformam as pessoas em pedra e entram em comunhão com a natureza? Os amados druidas, que vimos ao longo da história dos videogames, tiveram sua origem nas sagas irlandesas, onde eram retratados como feiticeiros poderosos, que eram capazes de prever o futuro e transformar as pessoas em animais ou pedra.

Seja qual for a saga fantástica, mitológica ou relatos históricos preconceituosos, como o dos romanos, fato é que os Druidas existiram de fato e dentro da cultura Celta, eram prezados como líderes espirituais, médicos, grandes legisladores ou advogados, responsáveis por guiar as pessoas, transmitir conhecimento e resolver problemas sociais complexos. Não se sabe se eles se organizavam em conselhos ou atuavam de forma individual em regiões separadas, mas sabemos que eles eram conscientes de sua responsabilidade e mantinham uma preocupação com a coletividade de outros druidas e da sociedade Celta como um todo, principalmente após séculos, sob ameaças e invasões do Império Romano.

Os primeiros imperadores de Roma, Tibério e Augusto, proibiram a prática druida em todo o território romano. Dessa forma, os druidas foram taxados de “demônios” por missionários católicos do Império, uma vez que decidiram se rebelar e resistir culturalmente na região das Ilhas Britânicas.

No fim da história, os Druidas foram combatidos e perseguidos pelo Império Romano, que enterrou grande parte de uma cultura que um dia já dominou todo o território Europeu.  Depois disso, apenas lendas e folclores sobraram, mas graças à história e à arqueologia, foi possível desenterrar e compreender um pouco mais sobre sua complexa sociedade.

Como eu falei, o Druida, se tornou uma figura muito conhecida no imaginário fantástico de livros, filmes e jogos, sendo quase impossível falar todas as mídias em que a figura do ancião Celta foi retratada. Então hoje, eu quero te convidar a dar uma olhada em como os Druidas foram retratados na franquia de videogames Diablo.

HISTÓRIA DOS DRUIDAS NA “LORE” DE DIABLO

Segundo o homem lendário, guardião das histórias e sustentáculo da franquia Diablo, Deckard Cain, “Os Druidas são uma raça nômade originária das terras selvagens de Scosglen. Ásperas e belas, as terras druídicas fervilham com Lobisomens e outras abominações à espreita na natureza invasora. Para sobreviver e governar esses ermos, os Druidas precisam renunciar à humanidade para despertar a fera interior.”

Os Druidas são uma raça de reis-guerreiros-poetas nômades, que também é parentes dos Bárbaros, e sua base principal é a cidade de Scosglen (um trocadilho com “Scotland” – Escócia?).

No mundo de Diablo, os Druidas habitam grandes torres de pedra (chamadas “Colégios Druídicos”) e se organizam em vilas druídicas, onde praticam agricultura. Além disso, possuem assentamentos costeiros, com cultura voltada à pesca.

Sendo um povo reservado, os Druidas mantêm uma postura calma e reflexiva, mas que não são de se provocar. Por sua ancestralidade compartilhada com os Bárbaros, possuem grande força física, além de suas outras habilidades.

Segundo Deckard Cain, em 1285, havia ao menos 500 Guerreiros Druídicos de alto escalão protegendo e guiando sua cultura. Os Druidas farão tudo para preservar seu modo de vida, incluindo arriscar a própria humanidade ao despertar sua fera interior. Apesar de sua natureza violenta e selvagem e depois de séculos de treinamento, os Druidas aprenderam a ser mais calmos do que seus antepassados.

Os Druidas praticam adivinhação e observam o céu noturno, as estrelas e a lua em busca de padrões que prevejam eventos futuros. Em sua cultura, é muito comum a menção a um “reino ancestral”, uma clara inspiração no saudosismo que Celtas excluídos, sentiam ao ouvir história do Grande Povo Celta.

No Túr Dúlra, maior dos Colégios Druídicos, ergue-se o magnífico carvalho Glór-an-Fháidha. Esse carvalho, é a fonte mais sagrada de orientação e ensinamentos druídicos. Sob seus galhos, há séculos, os Druidas aprimoram não apenas seu poderoso arsenal de magia natural, mas também as habilidades marciais herdadas dos ancestrais Bárbaros. Desde jovens, eles estudam suas artes e refinam sua união com a natureza nos colégios druídicos. E aqui, é interessante notar como os nomes próprios dados pelos roteiristas do mundo de Diablo, possuem claras inspirações com o antigo idioma celta e gaélico.

Os Druidas de Santuário também rejeitam a magia tradicional e preferem ser guiados por uma filosofia que prega a unidade com o mundo natural e praticam uma magia baseada em seu vínculo com a natureza. Por essa conexão íntima com o mundo de Santuário, o Druida pode comandar fogo, terra, ventos e relâmpagos.

Estando tão ligados à natureza, os Druidas também podem convocar animais e plantas para auxiliá-los em batalha. São amigos dos animais selvagens e contam sempre com a sua ajuda nas lutas. Também usam sua conexão para mudar de forma, absorvendo habilidades de seus aliados da floresta. A habilidade mais impressionante é a metamorfose, permitindo que eles assumam características das feras que juraram proteger.

Está escrito nos tomos druídicos que Bul-Kathos, o grande rei ancestral das tribos Bárbaras, tinha um conselheiro misterioso – às vezes descrito como seu irmão. Seu nome era Fiacla-Géar e o vínculo entre os dois era muito forte. Juntos, compartilhavam segredos ancestrais: os mistérios sob o Monte Arreat, a missão sagrada de protegê-los e as profecias sobre tempos sombrios. Ambos concordavam que seu povo deveria dedicar-se apenas a essa missão, mas divergiam no método:

    Bul-Kathos defendia unir as tribos sob rigoroso treinamento militar.

    Fiacla-Géar acreditava na unidade espiritual com a terra protegida.

Reconhecendo o mérito de ambas as filosofias, quando Bul-Kathos unificou as tribos, Fiacla-Géar reuniu grandes guerreiros-poetas e xamãs e retirou-se para as florestas de Scosglen. Lá, criou os primeiros Colégios Druídicos – torres de pedra sem argamassa, cobertas de vinhas e escondidas sob as copas das árvores. Estabeleceram um novo modo de vida, cultura e língua e romperam relações com os Bárbaros.

O que é bem interessante notar, é a relação entre bárbaros e druidas na História real e a relação entre eles, aqui na lore de Diablo. Na História, druidas não eram simplesmente bárbaros, porque eram líderes muito educados e sábios do povo Celta. Só que, como eles faziam parte de todo um povo considerado bárbaro pelo Império Romano, acabaram sendo taxados de bárbaros também, como eu já expliquei na parte histórica. Em Diablo, essa inspiração na História real, permite a criação de uma fantasia histórica muito rica, sendo Bárbaros e Druidas, irmãos e primos, que compartilham dos mesmos ancestrais.

No auge de seu poder, os Feiticeiros dos Clãs Mágicos jamais ousaram entrar em Scosglen, temendo os poderes selvagens de seus habitantes. Mas lendas druídicas falam de Magos Vizjerei que invadiram Scosglen e foram repelidos ou mortos por Druidas.

Durante o Escurecimento de Tristram, que ocorreu durante os eventos de Diablo 1, os Druidas acreditaram que o conflito final entre humanos e demônios havia chegado. Enfurecidos pela invasão dos demônios do Reino do Fogo, os Druidas emergiram das florestas rumo ao confronto final contra as hordas do Caos. Um deles retornou às Estepes do Norte para defender Harrogath contra Baal com um grupo de heróis, durante os eventos de Diablo 2.

Em Diablo 2, o Druida é bem versátil, capaz de atuar como um conjurador, que tem boa proficiência em habilidades de fogo e gelo, e também em combate corpo a corpo (especialmente com técnicas de Metamorfose, sem falar nos bônus concedidos por Espíritos).

Diablo II

Em Diablo 4, o Druida é um metamorfo que pode mudar de forma à vontade. Ele também domina magias telúricas e tempestuosas, permitindo que os jogadores desencadeiem torrentes de relâmpagos, ventos e chuvas antes de se transformarem em diversas formas animais. Diferente de Diablo 2, o Druida não possui habilidades puramente metamórficas: cada habilidade só pode ser conjurada em uma (ou às vezes duas) formas específicas.

Diablo IV

E é nesse contexto que a história de Diablo Immortal se insere e junto com ela, a nova classe de Druida.

Na data de hoje, a Blizzard anunciou que a classe Druida, que já apareceu em Diablo 2 e Diablo 4, está chegando pra causar com os demônios de Santuário em Diablo Immortal, de forma gratuita. Mais uma vez, agradeço demais a Blizzard por me permitir testar as habilidades do Druida de forma antecipada e apesar de não ser um criador de conteúdo voltado para dicas de jogos, tutoriais e explicação de classes, vou trazer a vocês um pouco da minha experiência com a nova classe.

DRUIDA EM DIABLO IMMORTAL

O Druida em Diablo Immortal possui uma gameplay similar à gameplay que já é conhecida pelos fãs da classe em Diablo 2 e Diablo 4. É possível conjurar elementos da natureza, chamar animais para lutar ao seu lado e se transformar em um urso, cervo ou lobisomem, gerando um “loop” de gameplay bem divertido e engajante.

Os veteranos de Diablo Immortal, vão adorar saber que a classe está bem balanceada em relação às demais e não deixa a desejar quando o assunto é derreter os mobs ou tankar os chefes mais cabeludos.

A personalidade do druida é muito carismática e a dublagem em inglês, assim como as linhas de diálogo, são bem legais e incluem falas que dão um maior detalhamento e background à história do Druida. Falando em história, uma nova missão da campanha foi adicionada com a nova atualização e traz uma história bem interessante sobre a relação dos Druidas com as Bruxas e como os dois são obrigados a cooperar para derrotar um mau maior, apesar de suas diferenças ideológicas sobre como tratar a floresta e a natureza. Os Druidas, acreditam em proteger a natureza e deixá-la intocada, porque acreditam na evolução natural das coisas. Já as Bruxas, manipulam a natureza a seu favor, e apesar de não fazerem mal a ela, isso já é o suficiente para deixar os Druidas desconfiados e descrentes dos métodos das Bruxas. A missão adicional não possui seções longas de “mobs”, mas traz muitos diálogos e excelentes chefes para enriquecer a “lore” geral de Diablo Immortal. De forma geral, a campanha possui um bom ritmo, com um chefão final e um fim de história satisfatório para a campanha do Druida. Importante dizer, que não é necessário jogar de druida para ter acesso às novas missões, mas recomendo a experiência, por conta dos diálogos extras do Druida, que aumentam a “lore” sobre o personagem, a cultura dos Druidas e a “lore” geral de Diablo.

Vale ressaltar, que a versão de teste antecipado continha alguns bugs visuais, como vocês podem ver nas imagens, mas a experiência geral foi muito boa e esses detalhes com certeza serão consertados até o lançamento da versão definitiva no dia 3 de julho.

Jogar com o Druida foi uma experiência fantástica durante a campanha do jogo. A “Forma de Lobisomem” é uma das habilidades mais legais e o dano em área com a habilidade de Investida do Cervo, rouba a cena totalmente, sendo muito divertido se transformar em um cervo gigante, que esmaga os demônios. Os companheiros lobos nunca deixam o jogador sozinho e podem evoluir para um grande lobo branco, muito eficiente em segurar os “mobs”, enquanto o Druida foca seus ataques contra chefes. Usar os ataques básicos e habilidades elementais do Druida, permite que o jogador preencha uma barra de transformação, utilizada para se transformar em lobisomem ou urso e destruir os inimigos ou ser um “tank” muito eficiente. Essa mecânica é nova e específica do Druida dentro do jogo, trazendo uma camada de novidade, o que deixa a classe muito engajante de jogar. O Druida de Diablo Immortal, possui 3 “builds” recomendadas, que têm focos diferentes e demonstram as diferentes habilidades do Druida dentro do jogo.

 A “build” “Chama e Garra” é focada nas habilidades de fogo e do Sábio da Floresta, um “companion” que arregaça os inimigos quando dado o comando. A build “Urso Raivoso”, foca em ataques rápidos para encher a barra de transformação do Druida, permitindo que ele se transforme em um urso gigante que esmaga vários mobs com muita eficiência. Por fim, a build “Superpredador” foca em alta mobilidade e na transformação em lobisomem, que é uma máquina de matar demônios.

Junto à nova missão e à nova experiência de gameplay com o Druida, temos acesso a uma área nova onde a missão se desenrola e um conjunto de boas “side quests”, que complementam bastante a experiência e rendem boas horas de jogatina. No total, joguei por 10 horas e não consegui completar todas as missões, então pode contar que tem muito conteúdo pra vocês explorarem.

A classe de Druida não traz apenas uma nova gameplay e uma missão adicional da história, mas contará com eventos exclusivos no lançamento, que irão permitir ao jogador testar bem a classe e suas “builds”. Vale dizer também, que o Druida é bom em todos os níveis do jogo. Sendo nível baixo e ou nível alto, o Druida é uma máquina de matar demônios e possui uma qualidade similar com outras grandes classes do jogo, como o Bárbaro, o Cruzado e o Tempestário.

Os itens únicos e lendários também adicionam uma camada muito interessante, às builds, permitindo que o jogador escolha diversos estilos de jogo com o druida, podendo adaptar o personagem para ser mais tank, depender mais dos companions ou atingir inimigos à distância e com muita mobilidade.

CONCLUSÃO

No fim, o que realmente importa é que uma das classes mais amadas pelo fã de Diablo está em sua nova abordagem pelo jogo gratuito Diablo Immortal e está muito boa. Outra coisa que importa é investigarmos um pouco mais a fundo os temas importantes, que estão nos videogames todos os dias. Jogar com a classe de Druida foi muito satisfatório e permitiu que todas as inspirações para esse ensaio surgissem.

E se você quiser saber um pouco mais sobre o universo de Diablo, assista meu vídeo, onde eu falo sobre a influência da obra de Fausto, no vilão Prime Evil, Mephisto de Diablo 4.

E você? Conhecia toda essa história dos druidas e a rica lore da classe, no universo de Diablo? Conta pra mim nos comentários qual o seu druida favorito e me conta também se vocês gostam da classe de druida nos jogos da franquia Diablo. E ah, não esquece de compartilhar e mandar esse ensaio pra quem curte História, curte Diablo e curte toda a mística em volta dos Druidas! Espalhar a palavra é importante para espalhar conhecimento e dar uma moral pro nosso trabalho.

Espero que tenham curtido essa prosa toda sobre os druidas, eu sou o Fauno do História & Games, muito obrigado Blizzard e Safe Zone Games, e até a próxima!

Versão em vídeo