Geoffrey Hinton alerta para os perigos da corrida pela Inteligência Artificial

Geoffrey Hinton é um dos pioneiros da aprendizagem profunda, uma técnica que permite às redes neurais artificiais aprender a partir de grandes quantidades de dados. Ele é considerado um dos “pais da IA” e recebeu o Prêmio Turing em 2018, juntamente com Yoshua Bengio e Yann LeCun, pelo trabalho nesta área.

Hinton trabalhou no Google por mais de uma década, mas anunciou recentemente que deixou a empresa por causa de suas preocupações com os riscos da IA. Ele disse que teme que a tecnologia que ele ajudou a desenvolver seja usada para fins prejudiciais aos humanos. Ele também disse que se arrepende de parte de seu trabalho e quer falar abertamente sobre os perigos da IA.

O Google é uma das empresas que disputam espaço na área de IA, tendo desenvolvido, por exemplo, o Bard, um chatbot inteligente ainda em fase de testes. O Bard é a resposta do Google à tecnologia chamada ChatGPT, que usa redes neurais generativas para produzir textos coerentes e convincentes a partir de palavras-chave ou frases. O ChatGPT é uma versão aprimorada do GPT-3, um algoritmo criado pela empresa OpenAI, que também é capaz de gerar textos impressionantes em vários idiomas e estilos.

O rápido avanço de tecnologias como o ChatGPT nos últimos tempos gerou preocupação por parte de especialistas. Eles argumentam que essas tecnologias podem ser usadas para criar desinformação, propaganda, falsificação de documentos ou identidades, entre outros usos maliciosos. Eles também alertam para o risco de que essas tecnologias se tornem tão poderosas que escapem do controle humano e causem danos irreversíveis à sociedade.

Embora as IAs tenham o potencial de auxiliar os seres humanos, elas também podem gerar problemas ainda desconhecidos e ter potencial para criar cenários típicos de filmes como “O Exterminador do Futuro”. É preciso levar em conta que as IAs ainda são uma tecnologia em desenvolvimento e que, assim como qualquer tecnologia, pode ser usada tanto para o bem quanto para o mal.

Fontes: Veja, Twitter