RuneScape: Dragonwilds chegou ao mercado em abril sendo um spin-off cooperativo de sobrevivência da Jagex. O título rapidamente se estabeleceu entre os jogos mais assistidos na Twitch e alcançou sessões médias superiores a duas horas, sinalizando forte engajamento e retenção dos jogadores. Na análise de hoje, vamos mostrar um pouco do que achamos do jogo.
O que é Dragonwilds?
RuneScape: Dragonwilds é uma aposta da Jagex de expandir além do tradicional MMORPG, apostando em uma mescla de mecânicas de sobrevivência (construção, coleta, gerenciamento de recursos) com elementos clássicos de RPG, tudo potencializado pela Unreal Engine 5. O resultado é uma experiência mista que é bastante convidativa aos veteranos de RuneScape quanto aos fãs de sobrevivência em mundo aberto, embora as comparações com Valheim e outros jogos sejam inevitáveis.

Mecânicas e Inovações
Dragonwilds se apoia em algumas ideias para sua jogabilidade:
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Construção e Defesa: Bases robustas são essenciais para resistir a ataques de dragões e intempéries, exigindo planejamento e uso estratégico de materiais
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Coleta e Crafting: A árvore de receitas evolui conforme o feedback da comunidade, permitindo transformar recursos naturais em equipamentos e estruturas
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Combate e Magia: O sistema de combate dinâmico, com armas, arcos e magias baseadas em “Anima”, traz a iconografia familiar de RuneScape, mas com uma pegada mais ativa e tática
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Caçadas de Dragões: Enfrentar chefes dracônicos demanda trabalho em equipe, equipamentos específicos e táticas apuradas
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Cooperação: O multiplayer (1–4 jogadores) incentiva a especialização de funções e a sinergia entre os membros do grupo
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Progressão por Habilidades: XP é distribuído conforme o uso de habilidades, permitindo personalização do estilo de jogo
Apesar dessas inovações, o jogo ainda não conseguiu se diferenciar o suficiente dos grandes nomes do gênero, com parte da experiência recaindo em grind e repetições típicas do segmento.

Desafios Técnicos
A adoção da Unreal Engine 5 trouxe visuais modernos e animações impressionantes, especialmente nos dragões e feitiços, mas também desafios técnicos como otimização de desempenho e estabilidade de rede. A exigência de conta Epic Games para o modo cooperativo gerou debates sobre privacidade e atrito no cadastro, sendo um ponto de atenção para a Jagex.


Recepção
A recepção destaca o equilíbrio entre construção e exploração, mas aponta narrativa limitada e progressão repetitiva como pontos fracos. A comunidade, por outro lado, mostra-se altamente engajada, produzindo fan arts, guias e sugestões de balanceamento, além de pedir por tutoriais mais robustos e ferramentas de modificação oficiais.
Perspectivas Futuras
O roadmap anunciado prevê a chegada do modo Hardcore, novas habilidades, missões sazonais e melhorias no multiplayer até o início de 2026, com a promessa de ajustes contínuos baseados no feedback dos jogadores. O sucesso a longo prazo dependerá da capacidade da Jagex de refinar a curva de progressão, facilitar a entrada de novos jogadores e manter a estabilidade técnica.

RuneScape: Dragonwilds
RuneScape: Dragonwilds é uma aposta sólida no gênero de sobrevivência cooperativa, com potencial para se destacar se conseguir inovar além das fórmulas já estabelecidas e responder rapidamente às demandas da comunidade. O futuro do título dependerá de sua evolução pós-acesso antecipado e da capacidade de se reinventar frente à concorrência.