A pergunta vale uma fortuna e pode moldar seu futuro: “Afinal, uma IA vai tirar meu emprego?” Que papo saudável para um encontro com amigos, aquela “resenha” ou até um churrasco improvisado de inverno, não é mesmo? Até os investidores estão preocupados, segundo uma pesquisa da Markets Live Pulse feita com leitores da Bloomberg News. Então, prepare a carne, a cerveja e o pão de alho, e se preocupe, porque 40% dos entrevistados preveem que essa conversa apetitosa sobre a IA vai ser o assunto principal nas confraternizações.
A expansão da IA tem tocado cada esquina do mundo do trabalho. Até os escritórios de advocacia, geralmente redutos de tradição, estão abrindo as portas para a IA. No Brasil, por exemplo, o ChatADV, inteligência artificial jurídica para advogados e estudantes de direito é o assunto da vez.
Mas, ainda sobre a dúvida que anda deixando muitos profissionais apreensivos e já foi tratada como tema aqui no Safe Zone, leve em consideração que um robô não tira férias, nem licença maternidade ou paternidade. Quem vai resistir a isso?
Greg Jensen, codiretor de investimentos da Bridgewater Associates, empresa americana de gestão de investimentos, ressalta, no entanto, que a IA pode ser boa para analisar grandes quantidades de dados, mas carece da intuição humana para prever grandes reviravoltas econômicas. Vejam só, nós ainda temos algo a oferecer 😊!
Nos EUA, funcionários públicos estão se mexendo para conter o avanço descontrolado da IA. Uma lei aprovada em Nova York proíbe o uso de ferramentas automatizadas na seleção de candidatos para contratação, a menos que passem por revisão independente. Isso mesmo, IA, você não vai julgar ninguém sem supervisão!
Mas nem todo mundo vê a IA como a grande vilã da história. Há quem acredite que a eficiência do trabalho pode ser beneficiada pelo avanço da tecnologia. E em tempos em que privacidade e saúde são palavras de ordem, a IA também precisa se adaptar.
Por outro lado, o Japão está explorando a ideia de uma renda básica universal, já que a IA ameaça empregos. Isso mesmo, a IA está fazendo estragos tão grandes que até políticas públicas estão mudando. Quem diria!
Mas respirem aliviados, ainda há empregos a serem criados. Graças ao boom da IA, San Francisco, nos Estados Unidos, por exemplo, e o condado vizinho de San Mateo, criaram 2.800 empregos no setor de tecnologia. Então, se você é bom com números e códigos, pode começar a comemorar.
Até a Microsoft Corp. parece estar surfando na onda da IA, com perspectiva de alcançar uma capitalização de mercado de mais de US$ 3 trilhões, segundo analistas do Morgan Stanley, empresa global de serviços financeiros. E quem diria, os semicondutores ligados à IA também estão em alta.
Na China, o reitor do Instituto de Pesquisa da Indústria de IA da Universidade de Tsinghua sugere que novos algoritmos podem ajudar a diminuir a dependência de chips poderosos. Até Elon Musk, da Tesla Inc., elogiou os avanços da IA na China e pediu mais supervisão da tecnologia. Tudo para que a IA não fique fora de controle.
Mas, enquanto isso, os EUA estão considerando restrições ao acesso da China a serviços de computação em nuvem, como os da Amazon.com Inc. e Microsoft. Restrições que tentam limitar a capacidade do país de desenvolver recursos de IA, segundo as normas dos EUA sobre a exportação de chips.
Agora, para encerrar com algo completamente diferente: você já quis perguntar a Albert Einstein sobre seu gato? Pois é, graças à Character.AI, uma startup que permite a criação de chatbots personalizados, você pode fazer isso. A IA está chegando até aos nossos gatos, meu povo!
Fonte: Bloomberg News